SÃO JOSÉ DO RIO PARDO E REGIÃO – ANO 36



Estamos em campanha. Qual?

10/04/2021

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Esperança de todos, as vacinas surgem no palco da história para mudar a guerra contra certas doenças.
O Brasil, por certo, tem particular lugar na história das vacinas e no enfrentamento histórico à pandemias.
Uma campanha de vacinação é algo que tem potencial de mudar o rumo da evolução de uma pandemia e salvar milhares de milhares de vidas.
Como temos visto, nossos profissionais da saúde e o SUS - Sistema Único de Saúde, tem estrutura para vacinação em massa em tempo recorde em território nacional.
Em uma campanha assim, até o exército tem papel fundamental, levando técnicos e vacinas aos rincões mais distantes da civilização. Todos, sem exceção, são vacinados ao final.
O que atrapalha, e muito, uma campanha de vacinação é uma campanha eleitoral. E misturar essas duas é fatal para a vacinação. Especialmente se a campanha de vacinação foi o mote da campanha eleitoral. João Dória tem se mostrado um expert marqueteiro eleitoral, a todo tempo. Com o voto “BolsoDória” conseguiu decolar na campanha eleitoral e vencer Márcio França nas últimas eleições estaduais.
Tão logo eleito, iniciou o descolamento de sua imagem da imagem de Bolsonaro. Já pensando nas próximas eleições.
Aqui cabe um parêntesis. Os tucanos desenvolveram um profissionalismo notável em termos de eleições. Estão a todo tempo planejando, compondo, confabulando eleições futuras, daqui a dois, quatro, seis e até oito anos. João Dória se apropriou dessa expertise tucana, somando a sua notável experiência no marketing, criando uma figura poderosa para a política.
Voltando ao assunto, João Dória esteve todo o tempo em Campanha. Campanha eleitoral. Elegeu-se prefeito e seguiu em campanha, pelo governo do estado. Elegeu-se governador e segue em campanha, pela presidência da república.
E sua campanha não é compatível com a lida com uma pandemia!
Sua queda de braço política com o governo federal atrapalhou a comercialização e a vinda das vacinas. E, quando finalmente chegou, foi preciso a União intervir para democratizar o acesso do povo brasileiro às vacinas recém chegadas. Mas não só isso. Em sua escalada eleitoral, buscando sedimentar seu nome no norte do país, trouxe para o estado de São Paulo pacientes com a nova cepa da Covid-19, mais virulenta, mais fatal. Enquanto sua máquina de mídia tentava empurrar a culpa pela crise no Amazonas a suposta falta de ação do governo federal, a nova cepa espalhava-se pelo estado de São Paulo. Ao final, causando mais doentes e exigindo muito mais oxigênio, descobriu-se que a crise no Amazonas deveu-se a uma inexperada sobrecarga dos equipamentos de saúde exatamente pela nova cepa e seus efeitos mais densos sobre o corpo humano.
E o que está, agora, acontecendo com São Paulo? Exatamente o mesmo. Começa-se a falar em falta de oxigênio. O governo estadual anuncia novas frentes de produção, novas medidas fechando ainda mais a já combalida economia do estado.
Luis Mandetta, ex-ministro da saúde, alertou para a contaminação em massa decorrente da falta de cuidado em espalhar-se pelo país doentes de Covid-19 com a nova cepa de Manaus. Não fosse o governador do estado, com azeitadas relações com o procurador geral, o governador deveria ser objeto de investigação por parte do Ministério Público, para averiguar o quanto do caos na rede pública de saúde do estado não se deve a falta de gestão ou a gestão equivocada no manejo do combate à pandemia.
Querendo aparecer como oposição a Bolsonaro, querendo consolidar seu nome no norte do país, sem saber lidar efetivamente com o combate à pandemia, João Dória entrará para os anais da história como o governador que não soube resolver o problema da pandemia e que, priorizando sua campanha política em detrimento da campanha eleitoral, foi partícipe da maior catástrofe sanitária que se abateu sobre o povo paulista na história recente. 



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