Usina de O2 abastece Pronto Socorro Municipal e hospital de campanha
17/04/2021
Sem dúvida, um grande marco no enfrentamento a Covid-19 em São José do Rio Pardo.
O aumento do número de casos da doença, oriundos da nova cepa, que também gera maiores complicações aos acometidos pela doença, acabou gerando um aumento exponencial do uso de oxigênio.
A necessidade de mais leitos gerou a abertura de um hospital de campanha com mais 10 leitos para pacientes com Covid-19, como mostrou este DEMOCRATA em edição anterior.
O consumo de oxigênio, por outro lado, aumentou exponencialmente. A capacidade de produção no estado de São Paulo está esgotada, próxima de seu limite.
A usina, locada pela prefeitura, tem capacidade para suprir o Pronto Socorro e o hospital de campanha, diariamente. Mesmo lotados, os pacientes não sofrerão falta de oxigênio em seus tratamentos.
A usina capta o ar atmosférico através de quatro motores, o resfria através de um condensador (como um radiador de automóvel) e o compressor faz o ar pessar por peneiras físicas e químicas que separam todos os demais gases e os liberam, armazenando nos tanques apenas o oxigênio.
A usina produz oxigênio e o armazena em duas linhas distintas, uma que vai ao tanque maior, com 270 metros cúbicos e outra que se divide em tanques secundários, mais 30 metro cúbicos, totalizando 300 metros cúbicos de armazenamento.
Segundo a Prefeitura, um paciente entubado consome, em média, de 4 a 5 litros de O2 por minuto.
A usina está locada para o município por seis meses, e segundo o Secretário de Saúde Dr. Paulo Eduardo Gonçalves Boldrin, representa não só segurança como uma enorme economia para os cofres públicos.
Segundo o secretário, o prefeito já está trabalhando para adquirir uma usina própria para o município até o final do ano, com maior capacidade de produção e armazenamento. Com a usina própria, o município poderá também recarregar cilindros para pacientes que fazem uso domiciliar de O2.
Antes da usina, quando o oxigênio acabava nos cilindros era necessário que o servidor público Fernando Catalano fosse chamado para a substituição, muitas vezes de madrugada. Essa substituição, com a usina, acaba.
O fornecimento constante de oxigênio traz estabilidade para o tratamento sendo um elemento a menos de desassossego diante da pandemia.
A capacidade de recarga de cilindros de oxigênio está esgotada no estado de São Paulo, havendo risco concreto de desabastecimento em alguns casos.
Com a usina São José do Rio Pardo e Caconde são as únicas cidades da região a fazer uso da tecnologia.
Reportagem publicada originalmente na versão impressa de DEMOCRATA, edição 1662 de 10/4/2021, Pág. 7
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