SÃO JOSÉ DO RIO PARDO E REGIÃO – ANO 36



Orçamento vergonhoso

18/07/2021

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A aplicação de R$ 6 Bi de dinheiro público em campanha política em 2022, em plena pandemia, é um tapa na cara de cada cidadão.
Esse dinheiro, que será dividido entre os partidos políticos para gastos de campanha eleitoral representa três vezes o que foi gasto na última eleição.
O Brasil é, hoje, o país que mais investe dinheiro público em partidos políticos. De todo o mundo!
Vivemos uma pandemia que já ceifou a vida de mais de meio milhão de brasileiros. Seguem morrendo outros tantos.
Nas cidades de nossa região, todos tem um parente, um amigo ou, no mínimo, um conhecido que tenha morrido de Covid-19. É algo que não nos é estranho, não nos é alheio.
Esse governo tem estado no centro de uma discussão sobre corrupção envolvendo, exatamente, a compra de vacinas para o enfrentamento à pandemia. Caso se confirme, será o mais sórdido caso de corrupção da história do país.
Empregar R$ 6 Bi em políticos, marqueteiros, e na estrutura de campanha eleitoral em plena pandemia deveria gerar comoção nacional.
Esse dinheiro é retirado do trabalho de quem trabalha e da produção de quem produz. São estes quem pagam, efetivamente, impostos.
Esse dinheiro, para ser aplicado nos políticos e seus partidos, é retirado da saúde pública, da compra de vacinas (sem superfaturamento de preferência), de equipamentos públicos de saúde, aumento do número de leitos, etc.
Esse dinheiro poderia ser utilizado na formação de políticas públicas de geração de emprego e renda.
São inúmeras as utilidades, reais e práticas, que atenderia à vontade e à necessidade do povo que faltaria espaço para elenca-las aqui.
E foram os nossos representantes, os representantes do povo, que votaram esse fundo eleitoral bilionário.
Os deputados e deputadas que, eleitos, virão pedir seu voto usando santinhos, adesivos, com carros de som e cabos eleitorais pago com seu dinheiro, cidadão.
A coisa fica ainda mais grave no caso de Eduardo Bolsonaro, Carla Zambelli e outros que votaram a favor e, em público, vieram criticar a medida, como se defensores do povo fossem!
Valendo-se das redes sociais e do fato que seus seguidores não avaliam nem criticam, apenas fizeram. E, para nossa surpresa, vemos seguidores destes deputados defenderem o que eles dizem.
Seu voto, em plenário, a favor do orçamento, com o fundão lá incluído, foi claro, inequívoco.
Inauguram o tempo do “votei assim, mas não era o que eu queria”. Isso é um absurdo!
Mas, em tempos de absurdos e extremos, aparentemente torna-se aceitável. Pior do que isso: defensável.
Jamais foi tão verdadeira a frase dita por Rui Barbosa:
“De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.”
Apesar de profética a frase, nem Rui imaginaria que o Brasil veria os dias que está vendo.  



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