SÃO JOSÉ DO RIO PARDO E REGIÃO – ANO 36



Maior direito da mulher: violado!

23/11/2021

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Eduardo Barison é um governo de elite, formado por gente de elite e voltado para interesses de gente da elite.

Vê-se isso pelos Conselhos Municipais que recebem um tratamento, no mínimo, diferenciado.

O Conselho de Educação, enquanto presidido por pessoa não alinhada com o prefeito viu escolas serem dilapidadas, prédios da educação furtados, depredados e o prefeito sequer lhe respondia questionamentos.

Mesmo uma representação feita pelo Conselho da Educação contra o prefeito foi indeferida pelo Ministério Público, com o promotor de Justiça Gabriel Marson Junqueira elogiando e cantando loas pessoais a Barison no termo de indeferimento. Prédios escolares seguiram sem qualquer segurança ou providência da prefeitura.

O Conselho de Transporte acabou desarticulado e o prefeito, em audiência pública, disse com todas as letras que a responsabilidade pela formação e instituição de Conselho Municipal não era dele.

Contudo, em ano pré-eleitoral, o mesmo prefeito aparece presidindo reunião para eleição do novo Conselho dos Direitos da Mulheres em Mococa.

Ora, para manter ativo um Conselho que fiscalizaria os suspeitos contratos emergenciais, sem licitação, com empresa de transporte coletivo que não presta serviços com eficiência, como manda a constituição, o prefeito diz que não é responsabilidade dele.

Para aparecer instituindo um conselho de defesa das mulheres, mesmo sendo ele homem, preside.

A conduta mostra, claramente, interesses políticos dissociados do interesse do povo de Mococa, que segue sem uma linha central que lhe dê coesão, direção, consistência.

A forma diferente com que trata o Conselho de Transporte e o Conselho de Mulheres deixa a clara impressão que a inoperância formal do Conselho de Transporte é parte da estratégia da política pública do prefeito. Não há como pensar de forma diferente.
Será que as mulheres em Mococa precisam ser tuteladas por Barison para criar seu Conselho de Defesa de Direito das Mulheres? Não há mulheres que possam criar e operar o conselho sem a interferência política da Maziero que preside a Câmara ou de Barison?

Uma das questões mais diretas ligadas ao Direito das Mulheres é o direito de integridade ao próprio corpo e a escolhas personalíssimas quanto a como cuidar a questão da procriação.

Barison, que como Diretor de Saúde não se opôs a laqueadura compulsória, presidir a criação de um conselho de Defesa das Mulheres é um tapa na cara da sociedade Mocoquense de bem.

É a coroação da impunidade de um ato considerado crime contra a humanidade para o qual se associou a um promotor de Justiça, com as bênçãos do Ministério Público do Estado de São Paulo.

Um Conselho de Defesa dos Direitos das Mulheres, em Mococa, tem a obrigação de apurar responsabilidades civis e criminais de todos que, de forma ativa, passivo ou por prevaricação, causaram ou não impediram os crimes de esterilização involuntária contra mulheres carentes, praticado por agentes públicos usando os instrumentos do estado de São Paulo e do município de Mococa.

Dizer-se órgão de defesa dos direitos das mulheres e calar-se sobre este assunto, após uma cerimônia de criação presidida por Eduardo Barison, é uma declaração de que o órgão é mais uma ferramenta política do grupo da elite de Mococa.

A conspurcação do corpo, principalmente da parte reprodutora, do corpo de várias mulheres em situação de vulnerabilidade social, sem direito a defesa e perpetrado por agentes públicos e políticos que tinham a obrigação de defender exatamente estes direitos é algo que, em Mococa, foi jogado para baixo do tapete. Como se tabu fosse.

Esse episódio, vergonhoso, precisa ser passado a limpo. Será que o Conselho de Defesa dos Direitos das Mulheres, recém criado, cumprirá seu papel? 

Publicado na versão impressa de 20/11/2021, edição 1692



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