SÃO JOSÉ DO RIO PARDO E REGIÃO – ANO 36



Deputado Tenente Coimbra concede entrevista e esclarece: não mentiu!

17/01/2022

Compartilhar



Matheus Coimbra Martins de Aguiar é natural de Santos/SP. Foi eleito Deputado Estadual com 24.109 votos pelo Partido Social Liberal (PSL). 1º Tenente do Exército Brasileiro e serviu nos seguintes batalhões: Osasco (4º BIL); Caçapava (6º BIL); Taubaté (2º BAvEX) e São Vicente (2º BIL). Comandou o SAR (Search and Rescue) no Comando de Aviação do Exército e na 12ª e 11ª Brigadas de Infantaria Leve e treinou tropas para Operação Rio e Missão de Paz no Haiti. Graduado em Administração de Empresas e pós-graduado em Política e Estratégia na Escola Superior de Guerra. Foi condecorado com as medalhas: da Vitória – FEB em 2011; Sangue de Herói – FEB em 2012, Jubileu de Ouro em 2012 e Tiradentes em 2019.


Jovem, carismático, sem medo algum de enfrentar assuntos polêmicos, Tenente Coimbra conversou com DEMOCRATA sobre a proposta de escola cívico-militar em São José do Rio Pardo e sobre postagem ex-candidata a vereadora pelo PSL, mesmo partido do deputado, que praticamente o chama de mentiroso por uma postagem do Deputado em que ele diz: “Vitória. Tenente Coimbra consegue uma escola cívico-militar para São José do Rio Pardo”.


Sem entrar em contato com parlamentar eleito pelo mesmo partido, a ex-candidata a vereadora em São José do Rio Pardo Caroline Macedo Junqueira publicou de forma aberta em rede social dizendo: “O que me entristece na política, é gente se apropriando de um esforço feito 100% por pessoas da cidade, população, vereador, secretário de educação e prefeito, para autopromoção em ano eleitoral. Como é o caso do nobre deputado abaixo, que não esperou nem o prefeito receber a notícia e já saiu se vangloriando por não ter feito nada, aliás nem conhece nossa cidade... lamentável. Mas... Vamos comemorar a conquista, o que importa é que nós conseguimos mais uma VITÓRIA!!!!” Com uma foto do deputado com o vocábulo "MENTIRA".

A postagem com até aqui inexplicável "fogo amigo", foi  feita dia 11 de janeiro de 2022 e chegou a 104 curtidas, 47 comentários e 6 compartilhamentos.

DEMOCRATA tentou contato com Milton Leiteiro, presidente do órgão local do PSL e com Caroline Junqueira, mas ambos não visualizaram ou retornaram o contato.até o momento desta publicação.

O Vereador de São José do Rio Pardo Rubens Lobato Pinheiro, do PSL, procurado pelo jornal disse "eu vi a postagem sim.. Não vi nenhuma ajuda pelo município por parte do deputado", e acrescentou: "Faço questão de entrar em contato para conversar com ele! Quem sabe esta "confusão" não se resolva?"

O próprio Deputado, por sua vez, mostrou-se surpreso com a manifestação da ex-colega de partido (Carol desfiiou-se do PSL ao não se eleger no término das eleições em 2021) nas redes sociais.

O deputado é Conselheiro do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - Inep, autarquia do MEC e responsável, entre outras, por políticas públicas de educação. É, ainda, autor da lei estadual que prevê as escolas cívico-militares no estado de São Paulo e, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, é presidente da Comissão Parlamentar que trata das escolas cívico-militares. Sem dúvida sua participação na escolha de São José do Rio Pardo foi, sim, decisiva para que a cidade recebesse o projeto - sem análise de mérito do mesmo. Pelo apurado pelo jornal, os partidários locais do projeto reagiram como "haters" em redes sociais sem consultar o deputado ou entender o que se passou.

A postagem do deputado, pelo apurado pelo jornal, foi em comemoração por seu trabalho junto ao MEC, ao INEP na escolha de mais uma cidade para receber o projeto do qual ele é entusiasta. E isso sem qualquer demérito dos esforços locais pela obtenção do projeto, como ele mesmo deixa claro.

Muito simpático e acessível, o Deputado Tenente Coimbra atendeu e concedeu uma entrevista ao jornal, explicando o ocorrido.

DEMOCRATA: Deputado, uma ex-candidata a vereadora pelo seu partido fez uma publicação dizendo que o Sr. teria atravessado trabalho dela e de outros em prol de uma escola cívico-militar em São José do Rio Pardo e se gabado do feito sem ter feito nada. O que aconteceu?
Deputado Tenente Coimbra: Eu não conheço a Caroline, realmente não sabia nem que tinha sido (candidata) a vereadora, mas vi a publicação (enviada pelo jornal) . Obviamente que o pedido saiu do município. Até porque quem faz o pedido é o prefeito, com a pressão interna. Não fui eu que fiz a prefeitura fazer esse pedido. Eu, como Coordenador Estadual do programa, a gente atua nas escolhas das escolas. A gente conversou bastante com o Coronel Gilson nas indicações de escolas e definimos as escolas que seriam contempladas via estado. Isso não significa que ela (caroline) não ajudou, ela deve ter ajudado dentro do município. Não posso falar quem falou com a prefeitura, quem fez o pedido internamente dentro do município. Assim como tiveram outros sessenta municípios do estado que solicitaram a escola cívico-militar. A nossa atuação na verdade foi na escolha dos próprios municípios.

DEMOCRATA: Por que o Sr. participa da escolha das cidades que receberão as escolas civico-militares?
Deputado Tenente Coimbra: A gente acompanha isso desde o início do programa. Eu sou o autor da lei das escolas cívico-militares no estado de São Paulo. Sou presidente da frente parlamentar. O Ministro me colocou no INEP, como conselheiro do INEP com a função de ter a cadeira para lutar por mais escolas cívico-militares. A gente acompanha, dentro dos municípios, o passo a passo. Pra evitar que não ocorram erros e, decorrente destes erros, judicializações.
Por exemplo: município de Campinas, judicializado, município perdeu a escola; município de Sorocaba, judicializado, perdeu a escola. Então a gente começou a acompanhar todo o processo, já tem implementação da escola cívico militar em Taubaté, Guarujá e Pirassununga. E outras onze do estado de São Paulo que estamos acompanhando de perto, pelo menos nos colocando à disposição das prefeituras para, caso queira um suporte necessário, para que não tenha qualquer tipo de erro.

DEMOCRATA: E como será isso em São José do Rio Pardo? Quantas escolas são elegíveis para o programa?
Deputado Tenente Coimbra: São José do Rio Pardo tem um problema, só tem uma única escola de fundamental 2 que é a que contempla o programa. A única escola de fundamental 2 no município vai ter que se transformar em cívico-militar. Vai ter de ser feito uma audiência pública e, depois, uma consulta pública, isso dentro dos novos prazos estabelecidos dentro do programa da escola cívico-militar. Caso o município não corra, corre o risco de perder a escola cívico-militar. Então tem que ainda cumprir as etapas, mas pelo que a prefeitura tem demonstrado, vai correr atrás pra tirar isso do papel.

DEMOCRATA: Então, dentro de São Paulo, o Sr. é responsável por ajudar a escolher qual município será contemplado, é isso? No caso sua publicação, então, só se trata da questão de ajudar o projeto, sem levar em consideração quem no município trabalhou por isso.
Deputado Tenente Coimbra: Exato. Obviamente o pedido sai sempre do município. Eu não tenho o poder de pegar e nem articulação de pegar e fazer esse pedido pelo município. O município tem a prerrogativa de fazer esse pedido. Então com certeza tem trabalho, tem pessoas que fazem pressão no executivo para fazer esse pedido. Não sei se foi o caso de São José do Rio Pardo.

DEMOCRATA: Tem uma argumentação, sobre a medida se dar em escolas de bairros pobres. Coisa tipo: polícia pra pobre. Nós não temos orientação de esquerda, mas a esquerda argumenta contra a militarização no ensino como se fosse coisa para pobres. Como o Sr. argumenta sobre essa visão?
Deputado Tenente Coimbra: É uma visão errada. A escola cívico-militar não visa bairros pobres. A escola, o projeto, ele visa escolas com média abaixo do IDEB. Então, escolas que tenham algum sistema de vulnerabilidade. Seja ela de casos decorrentes de agressão, Seja ela de uma vulnerabilidade de nota. Não é por localidade, mas por especificidade da escola.

DEMOCRATA: Aí entra outra questão. A verdade é que estamos com um contingente de policiais militares extremamente baixo. A medida não acaba prejudicando o policialmente ostensivo em cidades do interior, com policiais se dedicando a questão escolar e não á segurança pública? Como equilibrar isso?
Deputado Tenente Coimbra: Não, de forma alguma. O município solicitou a formatação “recurso”. Na verdade foi designada a formatação “recurso”. Isso significa que feita a transferência de recursos para o município, o município vai fazer a contratação os militares que lá (escola cívico-militar) vão atuar. A obrigatoriedade é de que esses militares sejam da reserva, então militares aposentados. De forma alguma prejudicam o trabalho ostensivo ou abaixa número de policiais porque não tira nenhum policial da ativa para essa função.

Abaixo imagem da vereadora em Campanha, quando pediu votos para Silvio Torres para prefeito em 2021 (nenhum dos dois se elegeu) e imagem com a postagem da ex-candidata a vereadora.e comentário de internauta: ninguém até aqui - além do DEMOCRATA - procurou o deputado para entender o acontecido.



Comentários


















Leia também:

Religião
Cardeal Dom Orani Tempesta escreve texto inspirado: Domino Gaudete

Fé Calvinista
Reverendo Jonatas Outeiro escreve: Distorção do sentido do natal

Opinião
Paula Winitski escreve essa semana um lindo texto sobre natal: O Natal é Jesus!

Fitness
Educadora física Cristiane Zanetti escreve: Como praticar exercício em casa

Mais notícias…




Jornal Democrata
São José do Rio Pardo e Região
Whats 19 98963-2498
Tel.: 19 3608-5040

Siga-nos nas Redes Sociais

contato@jornaldemocrata.com.br