São José registra saldo negativo de empregos em dezembro de 2024
03/02/2025
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência revelam que São José do Rio Pardo encerrou o mês de dezembro de 2024 com um saldo negativo de 373 vagas de emprego.
O município registrou 498 admissões e 871 desligamentos formais, refletindo um cenário desafiador para o mercado de trabalho local.
O setor agropecuário foi o mais afetado, com um saldo negativo de 276 empregos, seguido pela construção civil, que perdeu 59 postos de trabalho.
O comércio e os serviços também apresentaram saldos negativos, com -2 e -41 vagas, respectivamente.
A indústria foi o único setor com um leve saldo positivo, gerando 5 empregos a mais do que demissões.
A análise por grau de instrução mostra que trabalhadores com ensino fundamental incompleto foram os mais impactados, com um saldo negativo de 212 empregos.
Profissionais com ensino médio completo e superior incompleto também enfrentaram reduções significativas, com saldos de -150 e -100, respectivamente.
Em relação à faixa etária, os trabalhadores entre 50 e 64 anos foram os mais afetados, com um saldo negativo de 39 empregos.
Jovens de até 17 anos e idosos com 65 anos ou mais também enfrentaram dificuldades, com saldos de -21 e -23, respectivamente.
O saldo negativo foi maior entre os homens, com 220 desligamentos contra 153 entre as mulheres.
O tempo médio de emprego dos trabalhadores desligados foi de 15,6 meses, com variações significativas entre os setores.
Enquanto os desligados da agropecuária tinham em média 9,9 meses de vínculo empregatício, os do setor de serviços acumulavam 22,9 meses.
Os dados do CAGED indicam um cenário preocupante para o mercado de trabalho em São José do Rio Pardo, com destaque para os setores agropecuário e de construção civil.
A retração no número de empregos formais pode refletir tanto questões sazonais quanto desafios estruturais da economia local.
Especialistas sugerem que políticas públicas de incentivo à geração de empregos e requalificação profissional podem ser essenciais para reverter esse quadro.
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