Glaucoma: a doença silenciosa que pode ameaçar a sua visão
26/03/2025
O glaucoma ocorre, na maioria dos casos, devido ao aumento da pressão dentro do olho, chamada de pressão intraocular.
Isso acontece quando há um acúmulo de humor aquoso, um líquido que circula no interior do olho e que, se não for drenado corretamente, pode exercer uma pressão excessiva sobre o nervo óptico.
Com o tempo, essa pressão pode danificar o nervo óptico, responsável por transmitir as informações visuais ao cérebro, resultando em perda progressiva da visão.
Existem diferentes tipos de glaucoma, mas os mais comuns são:
- Glaucoma de ângulo aberto: o mais frequente, que se desenvolve lentamente e sem sintomas evidentes no início.
- Glaucoma de ângulo fechado: menos comum, mas mais grave, podendo causar sintomas súbitos e intensa dor ocular.
- Glaucoma congênito: presente desde o nascimento, sendo raro, mas grave.
- Glaucoma secundário: causado por outros problemas, como inflamações, traumas ou uso excessivo de certos medicamentos, como corticoides.
Quais são os sintomas?
Nos estágios iniciais, o glaucoma pode ser assintomático, o que significa que a pessoa não percebe alterações na visão. No entanto, à medida que a doença avança, alguns sintomas podem surgir:
- Perda gradual da visão periférica (lateral);
- Visão embaçada;
- Dificuldade para enxergar em ambientes escuros;
- Dor intensa nos olhos (nos casos mais graves);
- Vermelhidão nos olhos;
- Náusea e vômito (nos casos de crise aguda de pressão intraocular).
Como os sintomas podem demorar a aparecer, exames oftalmológicos regulares são essenciais para detectar a doença precocemente.
Muitas pessoas realizam apenas exames para correção de grau com optometristas, que no Brasil não estão autorizados a realizar diagnósticos clínicos.
Essa prática pode retardar a identificação do glaucoma, permitindo que a doença avance sem tratamento.
Por isso, é fundamental que os exames de visão sejam feitos com um médico oftalmologista, que possui o conhecimento e os equipamentos necessários para detectar problemas oculares mais complexos.
Como é feito o tratamento?
O tratamento do glaucoma tem como objetivo controlar a pressão intraocular e evitar a progressão da doença. As principais formas de tratamento incluem:
- Colírios: são a primeira opção e ajudam a reduzir a produção de líquido no olho ou melhorar sua drenagem;
- Laser: pode ser utilizado para facilitar a saída do líquido ocular;
- Cirurgia: em casos mais graves, pode ser necessária para criar um novo caminho de drenagem para o humor aquoso.
É importante destacar que, apesar de existirem tratamentos para controlar a doença, os danos causados ao nervo óptico são irreversíveis. Por isso, o diagnóstico precoce é essencial para preservar a visão.
Quais são as consequências do glaucoma?
Se não tratado, o glaucoma pode levar à perda progressiva da visão, começando pela visão periférica e evoluindo para a cegueira total.
Isso pode afetar diretamente a qualidade de vida da pessoa, dificultando atividades diárias, como ler, dirigir e reconhecer rostos.
Além disso, a limitação visual pode causar impactos emocionais, como ansiedade e depressão.
Como prevenir o glaucoma?
Embora não seja possível evitar completamente o glaucoma, algumas medidas podem ajudar a reduzir os riscos:
- Fazer exames oftalmológicos regulares, especialmente após os 40 anos;
- Controlar doenças associadas, como diabetes e hipertensão;
- Evitar o uso indiscriminado de medicamentos como corticoides;
- Adotar hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada e prática de exercícios físicos.
O glaucoma é uma doença silenciosa e perigosa, mas pode ser controlado se diagnosticado precocemente. Consultas regulares ao oftalmologista são a melhor forma de prevenção. Afinal, a visão é um dos sentidos mais valiosos e merece atenção e cuidado!
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