O Impacto da Alimentação no Tratamento da Artrite Reumatoide

É uma doença crônica que acomete as articulações, causando um processo inflamatório provocado pelo próprio sistema imune que ataca as articulações e os tecidos promovendo dores e inchaços no local.

Estima- se que no mundo cerca de 0,5 % da população apresentam essa doença, entre 35 a 50 anos de idade, é mais prevalente em mulheres do que em homens, porém ambos os sexos podem desenvolver a artrite reumatoide.

Estudos científicos ainda não descobriram a causa dessa patologia, mas está relacionada com o sistema imunológico, com isso as células de defesa lesionam as articulações e tecidos moles propiciando deformidades e cicatrizes dentro das articulações.

Quais os fatores de risco?

1. Obesidade

2. Tabagismo

3. Periodondite, inflamação gengival

4. Modificações no trato disgetivo, pulmonar e na região da boca

As articulações mais afetadas são:

• mãos
• pés
• dedos
• pulsos
• joelhos
• tornozelos
• quadril
• cotovelo
• ombros
• pescoço

As principais manifestações clínicas destacam-se a rigidez de alguma articulação durante o dia, mal-estar, inapetência, perda de peso, cansaço, fadiga, inchaço.

Segundo a Sociedade brasileira de Reumatogia, para ter o diagnóstico da artrite reumatoide é necessário a presença de pelo menos 4 fatores em 6 semanas que podem ser:

• Rigidez nas articulações no período diurno com duração de 1 hora
• Artrite em 3 áreas
• Artrite simétrica
• Presença de nódulos reumatoides
• Fator reumatoide no sangue
• Alterações no raio X de mãos e punhos

O tratamento varia de acordo com o estágio da doença, por isso se faz necessário o acompanhamento médico para administração correta de medicamentos, e o acompanhamento nutricional para que o nutricionista planeje uma rotina alimentar compostas de alimentos anti-inflamatórios para amenizar a dor e diminuir a resposta inflamatória.

Lembrando que, não existe um alimento que cure a Artrite reumatoide, mas uma alimentação balanceada auxilia durante o tratamento dessa doença inflamatória autoimune crônica.

Como deve ser a alimentação?

Alimentos ricos em vitamina C: propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes como laranja, limão, acerola, morango, pimentão, cereja, caju

Ricos em vitamina E: amêndoa, gérmen de trigo, castanha, abacate

Cobre: Alimentos integrais, amêndoas e fígado

Ômega-3: sardinha, atum, arenque, chia, linhaça, espinafre, couve

Azeite

Aumentar o consumo de verduras, legumes e frutas

Dar preferência às carnes magras, aves e peixes

Gengibre possui característica anti-inflamatória

Vitamina D: peixes e exposição solar

Cálcio: leite e derivados preferir os desnatados, ovos, peixes, couve-flor

Em algumas pessoas podem apresentar xerostomia, boca seca, utilizar limão, acerola, laranja

Preferir temperos naturais como manjericão, cheiro verde, tomilho, alho, cebola

Manter uma alimentação equilibrada com alimentos in-natura

Beber água durante o dia todo

Evitar frituras, alimentos gorduros, fast-food

Evitar bebidas alcoólicas, refrigerantes e bebidas açucaradas

Diminuir o consumo de açúcar, doces e farinhas brancas

Evitar o consumo de embutidos, enlatados e. excesso de sal

Pamela Bueno Zanardo é nutricionista (CRN3-35316) pela Universidade Nove de Julho/SP. Tem formação executiva em controle de qualidade dos alimentos e produção pela Universidade Nove de Julho, sendo especialista em nutrição clínica: metabolismo, prática e terapia nutricional pela Universidade Gama Filho/RJ. É Nutricionista Clínica no Hospital Santa Helena, Santo André-SP. Email: pamelazanardo@hotmail.com

Publicado na edição 1865 de 22 de março de 2025
 

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