SÃO JOSÉ DO RIO PARDO E REGIÃO – ANO 36



Ainda o comércio

26/02/2021

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Interessante como o governo do estado de São Paulo tem errado no enfrentamento à pandemia.
Misturar pretensões eleitoreiras com administração pública, de fato, não combina.
Se tem uma menina dos olhos, se tem um setor que deveria ser poupado, preservado, é exatamente o comércio.
E é exatamente o comércio que primeiro sofre medidas draconianas.
Habituados a negociar, sabem até onde podem ir. Participaram das rodadas de negociação e chegaram a pontos a serem seguidos.
A esamagadora maioria do comércio segue religiosamente as regras de enfrentamento da pandemia.
A interrupção das vias negociais é tão maléfica para a sociedade como a própria pandemia.
Nós, adultos, sabemos que a vida não para nos arrumarmos quando sofremos algum revés.
Divórcio, morte de ente querido, falência... ...estas tragédias se abatem sobre os mortais e a vida não para.
O trem é concertado em movimento.
A gente se recompõe vivendo, andando, com dores. A vida não pede nem concede quartel.
A pandemia, diriam os budistas, é uma espécie de Karma coletivo. Uma tragédia que se abate sobre todos. E não permite que paremos para nos recompor.
Os que perderam entes queridos, os que ficaram doentes, os que ainda lidam com sequelas... ...a vida vai seguindo. Impiedosa.
Preservar o comércio é fundamental para manter a saúde das nossas cidades.
Nossas comunidades estão organizadas de forma a depender do fluxo de capital, e o valor do dinheiro circulante é uma das formas de medir, de mesurar o desenvolvimento de uma sociedade.
Se não há como favorecer os atos de comércio, no mínimo, devemos lutar para não os interromper, não os atrapalhar.
Na hierarquia do governo do Estado parece estar faltando alguém que veja este lado e compreenda esta relação causal, entre número de relações negociais havidas e a saúde de uma comunidade, de uma cidade.
Se estamos ficando doentes, não é isto motivo para adoecer a comunidade, as relações comerciais e interromper as vias negociais.
Sem capital as consequencias de uma pandemia são muito piores.
Talvez as consequências sejam ainda piores do que as da pandemia.
Já há cidade no estado de São Paulo decretando Lockdown. Já vivemos isso e sabemos do quanto se sofre com essa espécie de medida.
A volta às aulas, sabiamente, foram adiadas em São José do Rio Pardo e em algumas cidades.
Preservar as crianças é tão fundamental como encontrar uma forma de fazer isso sem interromper seu ciclo de aprendizado.
E não se pensa em volta às aulas, presenciais ou não, sem as papelarias, sem o comércio.
Os representantes da categoria tem buscado soluções, contudo alguns políticos parecem ter ouvidos insensíveis e medidas draconianas estão sendo adotadas em várias cidades.
Espera-se dos gestores das cidades da região que sejam sensíveis, que ouçam a população e que não interrompam a vida das cidades como forma de enfrentamento à pandemia.
Encontrar formas de reduzir os casos de contágio e, consequentemente, óbitos é fundamental.
Mas sem paralisar as cidades. 



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