Vereador de Mococa, Tidi Thai, põe a boca no trombone

Considerando inicialmente um integrante do núcleo duro do governo, se no primeiro mês estava sempre à sombra de Elisângela Maziero e Barison, foi adquirindo voo próprio e já vai se distanciando do grupo, com um discurso duro.

Enquanto o executivo vai se solidificando em torno de Barison, Fabio Delduca e Maria Edna Maziero, no poder legislativo nem tudo são flores.

Recente decisão da vereadora Elisângela Masini Maziero Breganoli, presidente da Câmara Municipal, de realizar sessões virtuais, remotas da Câmara Municipal foi duramente criticada por Tidi em transmissão ao vivo feita logo após a última sessão, ontem, dia 8.

Quem assistiu percebeu que, por mais de uma vez, Tidi teria tentado a palavra mas, pela forma remota, não pôde se manifestar. O prejuízo aos vereadores, pela forma escolhida pela presidente, ficou claro para quem acompanha mais de perto. Mas não tão óbvio para quem assistia sem maior atenção.

Logo após a sessão o vereador já denunciou a prática, com palavras duras que fizeram sentido a muitos ouvidos.

Sobre a sessão remota, virtual, disse Tidi:
“O meu posicionamento: não funcionou!” Muito problema entre vereadores que não conseguiram usar o sistema, o próprio sistema mostrou-se pouco intuitivo e pouco prático. E completou: “A gente já está há mais de um ano em pandemia. Nós tivemos eleições, como eu disse na sessão, nós tivemos eleições. Todo mundo saiu pra rua, todo mundo beijou eleitor, todo mundo entrou na casa do eleitor, todo mundo entrou na casa do eleitor, todo mundo pegou, abraçou o eleitor… ...agora está em fase vermelha: aí vai fazer a sessão da Câmara sentadinho cada um nas suas casas! Ah, pelo amor de Deus! Não concordo! Não Concordo!”

Sobre a decisão de ser remota a sessão
“Quando a presidente da Câmara falou que foi democrático, não foi!” E completou: "não vem falar que foi uma decisão democrática, porque não foi”.

Referências
“Eu não fico declarando estado de calamidade, que tá tudo fechado, fechando tudo e depois eu vou pra Acapulco nadar, em uma lancha cheia de gente”. A fala do vereador foi considerada como referência a recente postagem com fotos da vereadora Elisângela em viagem a Escarpas do Lago, que chegou a gerar uma matéria que pode ser lida AQUI.

“Agora fechar os meus olhos pra uma empresa que tem 1000 funcionários trabalhando lá dentro, os funcionários são obrigados a trabalhar, não é? Então porque não decreta tudo e fecha tudo? Já que é pra fazer valer a lei, já que está preocupado com vida, então funcionário que tá trabalhando lá dentro da empresa… ...da empresa com 350 funcionários, não tem vida. Aquele funcionário? Não tem vida!” A fala do vereador foi considerada uma referência as indústria MAZA, da família da vereadora que preside a Câmara. A indústria segue funcionando normalmente, e aparentemente o vereador faz pensar em uma analogia que ele não disse explicitamente, mas deixou implícito: se não pode ter sessão da câmara para preservar a vida dos vereadores, que são menos de 20, porque uma indústria grande como a família da presidente da Câmara segue trabalhando? Faz pensar.

“Mas nenhum vereador foi prejudicado”. Tidi, argumentando sobre ter ouvido esta argumentação completou: “Quanto eu estou tentando usar o microfone ali, o que acontece, que ele não está funcionando? Estou sendo prejudicado ou beneficiado? Eu não entendo! Quando um outro vereador pede a palavra e ninguém vê porque tá remoto, não tá sendo prejudicado, ele tá trabalhando como tinha que trabalhar dentro da Câmara. Gente, vamos dar um basta pra essa hipocrisia toda, pelo amor de Deus”.

“Aí vai lá e decreta a lei. Mas não faz seguir a lei. Então pra que faz a gente perder tempo de aprovar lei? Se não vai cumprir a lei como ela tem que ser cumprida?” questionou o vereador. “É fazer a gente perder tempo e fazer o povo de otário”, completou. Talvez uma referência a lei que Barison enviou á Câmara prevendo multa para quem realizar festa. Até porque o próprio vereador criticou duramente a falta de fiscalização por parte da prefeitura.

O vídeo foi publicado pelo vereador em seu perfil social.

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