03/12/2020 - Isabel Scoqui
O abraço que eu não posso te dar.
Vai, enfim, na forma de oração;
De pensamento
Uma porção.
Assim, difícil de explicar.
Vai valente, pulsante,
Vai na corrente de ar.
Vai agora, neste instante,
Não dá pra segurar.
Há tanto jeito de abraçar:
O canto,
O verso,
O pão que eu faço,
Feliz em compartilhar.
O abraço que eu não posso te dar
Vai certeiro pelo ar.
Vai seguir teus passos
E ao teu lado sempre estar.
Nunca sentimos tanto a falta do abraço. É de nossa cultura a expressão afetuosa que envolve o toque, o contato físico. Sabe-se que o abraço carinhoso tem um poder sem igual, revitalizante e curador.
Segundo alguns estudiosos, o abraço amplia nosso sentimento de autoaceitação, minimiza ansiedade e estresse, libera dopamina, o hormônio do humor e da motivação. Além disso, fortalece nossas conexões, possibilitando o exercício do perdão, apoio e amor. Em resumo, é essencial para nossas vidas.
Mas, o que fazer quando ele nos falta? O que fazer quando, para preservar o outro, somos obrigados a nos manter afastados fisicamente? É aí que entra nossa criatividade e também o conhecimento da realidade do Espírito.
Há muitas outras formas de abraçar. A parte física do abraço é apenas uma pequena porção de uma expressão muito maior. Quem abraça não é o corpo. Abraçamos utilizando este corpo, que hoje existe e amanhã não existirá mais. Abraçamos com a alma, ou com o coração, utilizando dessa referência tão comum na esfera dos nossos sentimentos.
Quando oramos por alguém, com sinceridade, estamos abraçando.
Quando telefonamos para saber como o outro está, oferecendo alguns minutos para ouvir, doando nosso sorriso, nosso ombro amigo, estamos abraçando.
Quando fazemos uma gentileza, alguma produção própria com a qual presenteamos as pessoas, estamos igualmente abraçando.
Quando, finalmente, abrimos nosso coração, proferindo doces palavras, destacando qualidades, expressando nossa admiração, nosso amor a alguém, estamos lhe dando um forte e poderoso abraço.
Assim, não nos preocupemos em demasia pela falta do contato físico temporal. Encontremos outras formas de nos relacionarmos. Continuemos doando o abraço, o carinho, o interesse, de diferentes formas.
Alguns escrevem poemas expressando seu amor. Outros alimentam e cozinham algo de especial, pensando no próximo. Alguns enviam seu canto para consolar. Há aqueles que oram, enviando o abraço dos fluidos invisíveis que revigoram tanto aquele que oferece quanto aquele que recebe.
Lembremos que somos Espírito e temos um corpo. Quem abraça é o Espírito. Então, pensemos de que forma podemos abraçar à distância. Cada um encontrará o seu jeitinho, a sua maneira, dentro de suas possibilidades infinitas de Espírito, neste Universo onde tudo está conectado.
Estamos mais próximos uns dos outros do que imaginamos. A conexão entre a criatura e o Criador é de nossa essência. Também o laço existente entre todos os filhos do Grande Pai.
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