31/12/2020 - Marcelo Nogueira Russo
Quem tem a língua presa, além de sentir dificuldade para falar e se expressar desde cedo, também pode encontrar outras dificuldades durante a vida relacionadas à saúde. Para corrigir o problema e evitar que outros apareçam, um procedimento cirúrgico possível e recomendado pelos especialistas é a frenectomia.
O QUE É A LÍNGUA PRESA?
Para entender como a língua presa se desenvolve, é necessário entender o que são os freios, que podem ser divididos em labiais e linguais. Os freios são estruturas dinâmicas sujeitas a variações na forma, tamanho e posição durante os diferentes estágios de crescimento do indivíduo. Os freios labiais (superior ou inferior) têm a função de limitar os movimentos dos lábios, promovendo a estabilização da linha média e impedindo a excessiva exposição da gengiva. A anquiloglossia, popularmente conhecida como língua presa, acontece quando esse freio é menor do que o normal, fazendo com que os movimentos do órgão sejam mais limitados ainda. Já o freio lingual restringe o movimento da língua, favorecendo a deglutição, fala e fonação.
LÍNGUA PRESA PODE TRAZER OUTROS PROBLEMAS
Um paciente que possui os freios labial e lingual anormais pode sofrer com outros pequenos problemas além da língua presa, se não for tratada. Diastema interincisal, problemas protéticos, doença periodontal relacionada com a retenção de alimentos, dificuldades na higiene oral e na mobilidade labial são algumas das possíveis consequências em um paciente adulto. Entretanto, crianças, bebês e recém-nascidos também podem ser afetados pela anquiloglossia, já que o quadro interfere diretamente na amamentação e deglutição.
FRENECTOMIA
O tratamento cirúrgico para corrigir a língua presa é a frenectomia, e ela pode ser realizada por meio de duas técnicas distintas: o freio lingual pode ser dividido ou removido. A técnica cirúrgica pode ser realizada com o uso de bisturi manual ou bisturi elétrico, que é recomendada em casos de pacientes com distúrbios hemorrágicos, e com o uso do laser cirúrgico. Para quem tenta fugir de procedimentos cirúrgicos a qualquer custo, vale destacar que a cirurgia é bem simples e conta com anestesia local. O planejamento deve ser feito de acordo com a necessidade de cada paciente, e apesar de não existirem contraindicações específicas, destacamos que pacientes com comprometimento sistêmico não podem passar por esse tipo de intervenção.
PÓS-OPERATÓRIO
Assim como em qualquer outra cirurgia, a recuperação requer alguns cuidados específicos com a região e o uso de medicações prescritas. Dentre os fatores que devem receber mais atenção é que o paciente deve optar pela alimentação fria e pastosa durante as primeiras 48 horas, além de colocar gelo no local regularmente. Portanto, nada de alimentos quentes ou ficar no calor! Além disso, não fumar e evitar esforço físico nos primeiros dias também é fundamental para que o processo de recuperação seja tranquilo. É importante tomar a medicação adequadamente (analgésico e anti-inflamatório), e não se pode esquecer de realizar a higiene local, de preferência com clorexidina 0,12%.
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