Segundo vereador Henrique Torres, lojas de São José do Rio Pardo podem estar desrespeitando as regras da fase emergencial

Da tribuna (e sem máscara) o vereador Henrique Torres (PSDB, mesmo partido de João Dória) disse: "fiz questão de passar no comércio e vi várias lojas fazendo atendimento na porta, onde na verdade não é permitido". E completou: "tá exposto aí a tomar uma multa", deixando bem claro que saiu para a fiscalizar se o comércio estaria ou não cumprindo as regras impostas pelo governador do estado, de seu partido. Concluiu que os comerciantes de São José do Rio Pardo, muitos deles, não estariam cumprindo as regras.

Henrique destacou que há dúvidas sobre o que é "drive-thru" o que segundo ele estaria sendo interpretado errado por alguns comerciantes da cidade.

Após a fala do vereador na sessão da câmara de hoje, que foi transmitida pela internet, fomos às ruas verificar o que disse o vereador. 

De fato, algumas lojas destacaram na frente de seus estabelecimentos faixas com os dizeres "drive thru" e com um funcionário na frente pronto para atender clientes. Segundo o vereador tucano, isso não seria permitido.

O sistema, pareceu à reportagem, atender as determinações da fase emergencial da fase vermelha do Plano São Paulo. A redução na circulação de pessoas é notável e a reportagem efetutou uma compra usando esse sistema de drive thru e, além do bom atendimento, constatou que o distanciamento de fato aumentou com o sistema.

O governo do estado ao baixar as regras não especificou o que seria "drive thru", "take and go" e "delivery" para termos do decreto. Ao ver deste DEMOCRATA os comerciantes estão cumprindo o decreto e o verador acabou invocando mera questão de natureza semântica que pode trazer mais complicações do que ajuda para o já sofrido comércio local.

Segundo Torres, "cabe ao executivo que faça orientação correta", destacando que a Associação Comercial e Industrial da cidade não congrega todos os empresários e tem um alcance limitado em suas orientações.

Torres também mencionou que entrou em contato com o departamento de trânsito, questionando a medida tomada por algumas lojas de por faixas em frente a seus estabelecimentos. Torres disse que, se um cliente daquela loja estiver sendo atendido e parar outro cliente da mesma loja, mas em frente a loja de baixo, isso seria prejudicial para a segunda loja, que ficaria sem espaço.  Também questionou o funcionamento da zona azul neste período.

Na condição de vereador, está exercendo a fiscalização. 

Este DEMOCRATA tem discutido e questionado, inquirindo qual a função real dos vereadores e que benefício prático trazem para as comunidades. Vejam que Torres postou em rede social FACEBOOK um vídeo, questionando a prefeitura. E terminou: "Aguardo a resposta da Prefeitura", como se fosse obrigação do prefeito seguir as redes sociais do vereador e responder a seus reclamos ali realizados. Não funcina assim, e é papel do vereador questionar ou se posicionar como vereador, como feito pelo edil na tribuna, enviando e recebendo requerimentos, neste caso, ao prefeito. 

Se for para para reclamar em rede social, não seria necessário pagar subsídios (salários) a veradores, como o próprio Torres que prometeu doar o salário mensalmente e, no presente mês, que já passa da metade, não comprovou ainda a doação prometida. 

As falas do vereador e os questionamentos, como feitos, pode prejudicar muitos comerciantes.  A atual administração tem insistido no diálogo, e é exatamente o diálogo dos comerciantes com o prefeito que, talvez, não devesse ser atravessado pelo verador que cobra correções e até sugere aplicações de multas a um já sofrido empresariado.

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