Alckmin recebe lideranças regionais do PSD em padaria em São Paulo
09/08/2021
Enquanto não anuncia se vai disputar prévias no PSDB ou trocar de partido para concorrer pela quarta vez ao governo de São Paulo, Alckmin se movimenta nos bastidores. Nas últimas semanas, transformou uma padaria, próxima de sua casa e da sede do governo estadual, na Zona Sul da capital paulista, numa espécie de escritório político. Não por acaso, também fez uma reunião no Sindicato dos Padeiros. Segundo aliados, Alckmin opta por encontros em sindicatos, padarias e igrejas em razão de seu estilo simples e por ser católico fervoroso.
Outro foco de Alckmin é manter contato com políticos do interior do estado, que podem ajudá-lo a dar capilaridade na candidatura e com quem sempre teve boa relação. Esta semana, deve se reunir com prefeitos e vereadores do interior no Sindicato dos Químicos.
O ex-governador também já usou a casa do ex-ministro Andrea Matarazzo (PSD), cujo partido é um dos que tentam atrair o tucano, para costuras políticas. Foi lá, no início de maio, que recebeu o coordenador nacional do Movimento Brasil Livre (MBL), Renan Santos. Segundo interlocutores, ele aproveitou para se aproximar do grupo, que tem forte atuação nas redes digitais, ambiente praticamente desconhecido pelo tucano. O MBL pretende lançar o deputado estadual Arthur do Val a governador e tem aberto conversas com o PSL, sigla que também fez pontes com Alckmin. Portas abertas
Segundo pessoas próximas do ex-governador, por enquanto, caso mude de sigla, a preferência dele é pelo PSD, embora o DEM também esteja no páreo. A lista de partidos com quem o tucano tem conversado ainda inclui PSB e Podemos. A expectativa é que, em breve, ele anuncie a decisão de mudar de legenda. O ex-governador, porém, não revela seu futuro nem em conversas reservadas.
— O PSD está não só de portas abertas, como já o convidou para se filiar. É um quadro importante, sério, preparado, respeitado. Em todos os momentos em que esteve à frente de missões na vida pública se saiu muito bem — afirma o presidente nacional do partido, Gilberto Kassab.
Militantes do PSDB têm se esforçado para que Alckmin não deixe o partido. Surgiu na semana passada o movimento “Fica Geraldo”. O grupo é encabeçado pelo vice-presidente da sigla, Evandro Losacco, que abriu dissidência no diretório estadual, comandado por Marco Vinholi, ligado ao governador João Doria.
Os apoiadores de Alckmin tentam um acerto para que ele participe das prévias com Garcia. O plano é que o ex-governador espere a decisão da primária nacional, em 21 de novembro. Segundo aliados, se Doria perder, Alckmin disputaria com Garcia. Caso Doria ganhe, o ex-governador reavaliaria o cenário.
Esta semana, em consonância com o que tem sido noticiado na grande imprensa - a aproximação de Alckmin com lideranças regionais e municipais do PSD, sigla para a qual pode se transferir para concorrer ao governo do estado de São Paulo, o prefeito de Mococa Eduardo Barison e a presidente da Câmara Municipal de Mococa, Elisângela Maziero, estiveram em São Paulo para encontrar-se, em uma padaria, com o pré candidato Geraldo Alckmin.
Não sem, antes, estar com Marco Vinholi, presidente estadual do PSDB e líder de João Dória na legenda que busca emplacar o vice Rodrigo Garcia como candidato do PSDB ao governo do estado em 2022.
Dando uma no cravo e uma na ferradura, Barison e Maziero seguem caminhando deixando em São Paulo caminos abertos com o grupo de Dória e com o grupo de Alckmin, até que as coisas se definam.
Imagem: redes sociais
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