Sob comando de um homem, Conselho de Defesa dos Direitos das Mulheres é eleito
23/11/2021
Em uma eleição presidida por homem, com vários homens discursando, dia 18 de novembro Mococa elegeu o primeiro Conselho de Defesa dos Direitos das Mulheres.
O sistema de som apresentou defeito e o nome das Conselheiras não foi, até o fechamento desta edição, divulgado.
Eduardo Barison, que presidiu a votação, foi Diretor de Saúde em pelo um dos casos de laqueaduras compulsórias, em que o Ministério Público do Estado de São Paulo, através do promotor de Justiça Frederico Liserre Barruffini, determinou a castração involuntária de mulheres em situação de risco social na cidade.
O caso teve repercussão nacional e nem um único nos envolvidos foi punido criminalmente pelos fatos, posto que o titular da ação penal é, exatamente, o Ministério Público que não propôs nem uma única ação penal contra qualquer dos envolvidos nos atos considerados crimes contra a humanidade, imprescritíveis inclusive.
A OAB local também não tomou qualquer atitude contra os que participaram destas laqueaduras.
Talvez a principal e primeira atuação deste conselho seja, exatamente, passar a pratos limpos esta prática de eugenia que desde o regime nazista não era vista através de órgãos e equipamentos do estado, como se viu em Mococa, com concurso de ações de agentes do estado de São Paulo (promotores de justiça) e da prefeitura municipal de Mococa.
Mostrar que é um conselho atuante, e não mais um instrumento político do grupo que detém o poder em Mococa é o principal desafio deste conselho.
A exposição midiática de Elisângela Maziero, presidente da Câmara e pré-candidata nas eleições de 2022, e do prefeito Eduardo Barison contrastou com o fato de que sequer o nome das conselheiras foi claramente divulgado, nem estas puderam fazer uso da palavra ao término da eleição.
Comentários
|