SÃO JOSÉ DO RIO PARDO E REGIÃO – ANO 36 |
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Com déficit aturial de mais de R$ 200 milhões, até próprio IMP sugere auditoria03/12/2021
Com risco de, em alguns anos, quebrar a cidade de São José do Rio Pardo com um déficit calculado hoje em pouco mais de R$ 250 milhões, necessários para garantir não só a aposentadoria dos servidores públicos municipais como serviços essenciais de saúde, segurança, educação e outros para os cidadãos da cidade, o Instituto Municipal de Previdência de São José do Rio Pardo, cujo presidente de seu Conselho de Administração é Hélio Escudero, eterno assessor de Silvio França Torres e presidente do diretório municipal do PSDB, está tendo de se explicar, pela primeira vez, a toda a sociedade. A criação do IMP foi feita em legislatura que contou com vereadores ligados ao grupo político e que asseguraram mandato vitalício, eterno, a alguns conselheiros - como o próprio Hélio Escudero, remunerado com quase R$ 3 mil reais por mês por ser o presidente do Conselho da Administração. um conselho com 20 conselheiros que recebem em torno de R$ 280 por cada reunião que participam. Na audiência pública de terça-feira, 30 de novembro, vimos um Hélio Escudero com voz trêmula, absolutamente descompensado, visivelmente nervoso, apreensivo e que não ficou até o fim para responder as perguntas de todos, saindo à francesa após uma discussão com o vereador Pedro Giantomassi. Fabiano Boaro de Sousa, presidente do Conselho Executivo, falou por horas a fio e não soube responder a boa parte das perguntas feita pela reportagem de DEMOCRATA, como se verá na edição de amanhã. Com a alegação de que a lei foi cumprida e os procedimentos corretos adotados, nem Escudero nem Fabiano, até aqui, conseguiram explicar porque temos um rombo no cálculo atuarial de perto de R$ 250 milhões de reais. Se todos foram exímios administradores, o que aconteceu? Quem errou? O que deu errado? Após o prefeito sugerir uma segregação de massa - procedimento que reduzirá em médio prazo o déficit atuarial e tem potencial para reequilibrar o IMP a longo prazo, como primeira medida emergencial. Escudero insiste em uma reforma da previdência municipal, que não crie alíquotas extraordinárias para qem ganha mais de um salário mínimo - quem ganha até um salário, segundo a proposta, poderá arcar com alíquotas extraordinárias. Aparentemente sem compreender o que deu errado e sem declilnar quem errou, Escudero quer reformar a estrutura sem mexer em privilégios pessoais, como sua vitaliciedade ou sua remuneração, pela qual deveria gerir o IMP sem gerar situações como esta que hoje estamos vivendo. A situação, segundo apurou a reportagem, rendeu uma visita de surpresa a certa serralheria onde um Conselheiro correu a fim de socorrer-se, buscando apoio político. Agora, no final da tarde de hoje, sexta-feira, 3, o IMP enviou a Câmara Municipal, à Prefeitura e à imprensa local ofício indicando necessidade de uma auditoria que pretende seja paga pela prefeitura - o que é vedado pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, como despesa imprópria. Improvável que Escudero, há décadas ocupante de sinecuras promovidas pelo PSDB no governo do estado e no governo municipal, eterno assessor de Silvio Torres, desconheça essa particularidade. A medida, claramente, busca impacto midiático. No documento fica claro o desconforto com o resultado da audiência pública de terça-feira junto à opinião pública, em que o Diretor Executivo não conseguiu responder a boa parte de perguntas e o Diretor do Conselho da Administração, Hélio Escudero e outros diretores presentes, saíram inexplicavelmente antes do fim. Por outro lado pode ter eficácia: a Câmara Municipal pode abrir uma CEI para identificar o que deu tão errado nas previsões do IMP. A CEI poderia valer-se de uma assessoria especializada. Vindo festas de fim de ano, seria oportuno que a CEI fosse instalada a partir de março de 2022, quando poderia ter a atenção de todos, após os festejos de fim de ano e do carnaval, quando o ano político realmente começa no Brasil. Comentários |
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