Hoje se decidirá os rumos do IMP e pra quem vai a fatura dos R$ 250 mi

  Senhoras e senhores, hoje será votado na Câmara Municipal de São José do Rio Pardo o projeto de lei que será determinante para a solução do rombo atuarial de R$ 250 milhões que o IMP acumulou em anos de administração.

De um lado a segregação de massa, que permitirá não só separar como COMPARAR evolução da situação com grupos distintos. Esse método é temido pelos atuais administradores do IMP, que o estão combatendo com unhas e dentes.

De outro, a proposta dos administradores do IMP, aprovada por Hélio Escudero e outros, que prevê uma "reforma" da previdência que aumentará a contribuição dos trabalhadores e segurados que ganham menos, jogando boa parte do rombo atuário de R$ 250 milhões para ser pago pelo povo da cidade, via prefeitura.

DEMOCRATA, como sempre, participou e questionou duramente em diversas audiências públicas e fez os seguintes apontamentos:

1. Hélio Escudero é presidente do Conselho de Administração do IMP, pelo que recebe por mês quase R$ 3 mil reais. Desse dinheiro ainda desconta previdência para o Regime Geral.

2. Hélio Escudero, ao mesmo tempo que preside o Conselho de Administração do IMP, também preside o PSDB, partido do ex-prefeito João Santurbano em cuja administração os valores devidos pela prefeitura não foram pagos ao IMP.

3. O Conselho da Administração é formado por mais 20 conselheiros, boa parte vitalícios, que recebem em um mês com quatro reuniões, algo perto de R$ 1.5 mil reais cada um para comparecer às reuniões.

4. Há no Conselho da Administração parentes, como Hélio Escudero, que preside o Conselho, e seu sobrinho, Antonio Carlos Jardim. Também á caso de mãe e filha.

5. Conforme se apurou nas audiências públicas, há diretor executivo que mantem contas bancárias e financiamentos em agências bancárias onde estão aplicados recursos vultuosos do IMP, que escolhe em qual banco ou valores aplicar.

6. O IMP paga, por mês, menos de R$ 650 reais para uma empresa privada assessorar os investimentos de mais de R$ 200 milhões. Um contrassenso que precisa ser melhor esclarecido.

O jornal viu conflitos de interesses nestes pontos, por diversos aspectos, que indicam ser necessário mais investigação sobre o que realmente vem acontecendo e como estes administradores, alguns vitalícios, chegaram com um valor tão expressivo como R$ 250 milhões de reais para serem cobrados do povo da cidade e dos trabalhadores da prefeitura.

Uma Comissão Especial de Inquérito, pela Câmara Municipal, poderia amealhar documentos, quebrar sigilos bancários, ouvir membros da Diretoria do IMP, de órgãos partidários expoentes políticos que estiveram orbitando a questão, a fim de trazer um esclarecimento para o povo e para os trabalhadores da prefeitura.

O Jornal é contra a proposta de reforma do IMP, como realizada pelo grupo da administração e defendida por Henrique Torres na Câmara Municipal, pelo simples motivo de que ela, por um lado, joga a fatura para os mais carentes, para os mais pobres pagar. Por outro ela mantém privilégios e permite que os mesmos administradores que chegaram hoje com um estouro atuário de R$ 250 milhões sigam da mesma forma, sem qualquer discussão.

O próprio presidente do Conselho de Administração, Hélio Escudero, move ação buscando revisão de aposentadoria, uma das muitas ações judiciais, segundo o próprio IMP, responsável por este desequilíbrio. O processo é o de número 1000013-76.2018.8.26.0575 que transitou em julgado, favorável a Escudero, sem que o IMP apresentasse qualquer recurso de apelação. Com o trânsito em julgado, devido a não haver o IMP recorrido, iniciou-se a execução, que tramita sob número o 0001262-11.2020.8.26.0575.

Com até o próprio presidente do IMP processando o INSTITUTO com vitória judicial sobre erro em concessão de aposentadoria, sem que o IMP apresentasse qualquer recurso, participando da sangria do cálculo atuarial, o grupo político do PSDB vai defender daqui a pouco a "reforma" que manterá os mesmos administradores e a mesma situação atual, impondo mais custo aos que ganham menos.

Hoje caberá a Câmara Municipal dar uma resposta para todos.

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