SÃO JOSÉ DO RIO PARDO E REGIÃO – ANO 36



Nem a obrigação!

26/04/2022

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Quando estamos doentes ficamos, claramente, fragilizados. Isso é absolutamente compreensível. É humano.

E, fragilizados, qualquer cuidado recebido entra na conta de compaixão, de empatia e, eventualmente, de favor.

A Santa Casa de Misericórdia de São José do Rio Pardo/SP não faz qualquer favor quando atua dentro de seus objetivos sociais.

A fala na Câmara Municipal pela gestora da Organização Social ainda ecoa pelos corredores da Câmara Municipal e deixou a impressão de desejo por elogios onde nem a obrigação vem sendo cumprida.

Trata-se de um “modus operandi” de uma elite econômica e aristocrática das cidades do interior, do nosso entorno como um todo.

A estratégia de não falar sobre planejamento, metas e seu cumprimento, mas substituir o discurso por elogios pessoais onde uns elogiam outros como se fossem indispensáveis para o serviço público. E não só são dispensáveis como recomenda-se a substituição da maioria deles pelo bem da sociedade.

A fala do vereador Henrique Torres na Câmara na sessão do dia 19 foi uma vergonha. Falar que a administração da Santa Casa não vai mais comparecer e prestar contas à sociedade porque não teria sido bem tratada, ou tratada como esperava ser - talvez elogios?

Quem se dispõe a gerir dinheiro público da saúde tem a obrigação de prestar contas, e não porque foi bem ou mal tratado. Por que geriu dinheiro dos outros, e a lei assim comanda: que haja prestação de contas.

Jane Santurbano tem ocultado seu salário no site da Transparência da Organização Social Santa Casa de Misericórdia de São José do Rio Pardo. Sequer tem cumprido a lei, o raso que a lei comanda, e deve ser convocada a prestar contas e explicações perante a sociedade, através dos representantes desta sociedade na Câmara Municipal.

Os gestores da Santa Casa não tem cumprido sequer a obrigação. Estão longe de poder demandar elogios pessoais.

Devem publicar, com clareza, todos os instrumentos de COLABORAÇÃO e de FOMENTO que firmaram com o poder público para receber verbas públicas, devem apresentar o plano que foi criado para permitir o recebimento desta verba bem como devem publicar detalhada prestação de contras. Até aqui, não fizeram.

Todas as verbas que vieram para apoio pela pandemia devem ser objeto de detalhada e sucinta prestação de contas.

A exposição, clara, de como a Organização Social usa dinheiro público para contratar e pagar salário da Gestora, de Diretores (se for o caso) do assistente técnico, devem ser objeto de publicação no site da entidade.

A explicação, suplementar, das razões pelas quais a gestora da Organização Social comparece sempre às empresas de comunicação da família Torres, mas recusa conceder entrevista ao DEMOCRATA, bem como explicar como se deu a contratação do ex-candidato a vice-prefeito, Eliézer Gusmão, para assistência técnica da entidade desfariam a impressão de fundo de que há uma força política partidária operando em parceria com a Santa Casa.

Não, não se deve elogios aos gestores da Santa Casa. Pelo menos até que cumpram, no mínimo, as obrigações que assumiram, especialmente com transparência, na forma da lei.

Ficou claro que a gestora está tratando coisa pública como particular. Particular até demais, quando seu garoto de recados afirma que não vai mais à Câmara por não ter sido bem tratada.

A Câmara, agora, tem uma obrigação. Espera-se que cumpra.



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