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Cirurgia do Papa Francisco sofreu uma drástica mudança já no centro cirúrgico

12/07/2021

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Em sua conta no Twitter, o Papa Francisco agradece a todos aqueles que expressaram proximidade durante sua internação no Hospital Gemelli, em Roma. Intervenção tomou rumo inesperado.

A operação no intestino grosso à qual o Papa Francisco, de 84 anos, foi submetido no último domingo,4, sofreu uma drástica mudança no centro cirúrgico, durante a realização. Os médicos do Hospital Gemelli, em Roma, haviam programado uma cirurgia robótica, técnica sofisticada e pouco invasiva, feita com a ajuda de robôs. Poucos minutos do início, no entanto, a equipe identificou que o problema — um estreitamento no intestino provocado por diverticulite — era mais grave e tiveram de optar na hora pela operação chamada “a céu aberto”, quando a barriga é cortada.
A diverticulite é uma inflamação na parede do intestino grosso que causa espessamento da parede do órgão. O Papa teve metade do cólon removido no procedimento.
— Essa conversão pode ocorrer, mas é incomum — diz Gustavo Guimarães, coordenador do Programa de Cirurgia Robótica da Beneficência Portuguesa, em São Paulo.
Na noite desta quarta-feira, o papa teve febre, mas exames de sangue descartaram infecção, de acordo com o Vaticano. Exames pulmonares e abdominais, além de teste microbiológicos, tiveram resultados negativos. A alta está programada para ocorrer no próximo domingo.

“Sua Santidade Papa Francisco teve um dia quieto, comendo e se locomovendo sozinho”, afirmou em um comunicado o porta-voz da Santa Sé, Matteo Bruni. “À noite, manifestou um episódio febril. Nesta manhã, foi submetido a exames de rotina, microbiológicos e a uma tomografia computadorizada de tórax e abdômen, com resultado negativo.”
No domingo, o Pontífice fez uma cirurgia pré-agendada para corrigir um “estreitamento intestinal (estenose) diverticular sintomático do cólon”. Com cerca de três horas de duração, o procedimento foi realizado laparoscopicamente, para ser menos invasivo, por uma equipe de 10 pessoas na Policlínica Gemelli, em Roma. O procedimento, segundo o Vaticano, foi uma hemicolectomia do lado esquerdo, procedimento em que parte do intestino grosso é retirada.
Pelo Twitter o papa agradeceu as orações, como se vê na imagem abaixo. Ao lado quadro explicativo da condição clínica do Papa.
Com informação do EXTRA.

Estenose diverticular do cólon

Doença diverticular do cólon é a formação de várias “bolsinhas” (divertículos) no intestino grosso.

“Essas ‘bolsinhas’ podem sofrer inflamações frequentes —chamadas de diverticulite.

Quando a diverticulite se resolve e melhora o processo de inflamação, ela forma pela cicatrização um estreitamento do intestino, levando à estenose”, explica Suzete Notaroberto, médica pela PUC-Campinas, com residência em gastroenterologia pela Unesp de Botucatu.

Muitas vezes o paciente convive com a estenose, mas há casos em que é preciso operar porque o estreitamento dificulta muito a passagem e a pessoa corre o risco de obstrução intestinal. “No caso do papa, provavelmente eles vão tirar um pedaço do intestino que está estreitado”, diz a médica.

Sintomas
Os sintomas da estenose vão desde dificuldade na evacuação, porque o intestino está estreito e as fezes não conseguem passar, até um quadro mais grave como a obstrução intestinal. O paciente pode conviver bem com a estenose sem precisar operar, mas quando começa a ter sintomas de dor abdominal, distensão abdominal, dificuldade na evacuação ou parada na evacuação das fezes, é preciso marcar uma cirurgia.

“Se não for resolvido a tempo, pode até evoluir para uma perfuração intestinal”, diz Notaroberto. “Entretanto, quando a estenose ainda é pequena e as fezes ainda estão passando, é possível programar a cirurgia, como parece que foi o caso do papa”.

Não existe uma causa definida para o problema, mas ele é muito comum em pessoas que são cronicamente constipadas, ou seja, o intestino tem um funcionamento irregular. Ele também costuma ser mais comum em idosos, por conta da própria degeneração muscular natural da idade.

Segundo os comunicados do Vaticano, Francisco deve permanecer internado por sete dias no Hospital Gemelli, em Roma. A hospitalização se deve aos riscos do procedimento:

A principal complicação é a deiscência de anastomose, que é quando a sutura abre. Se em cinco ou seis dias a pessoa volta a comer e a evacuar é porque não vai acontecer.  



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