SÃO JOSÉ DO RIO PARDO E REGIÃO – ANO 36



Por que Mococa não se desenvolve?

18/07/2021

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A questão é até simples, por um lado: por que elege pessoas acostumadas a serem servidas, não a servir.

Mococa tem um laço muito forte com o que hoje chamamos “agronegócio” e “produção cafeeira”. Na prática, busca-se com estes novos nomes dissociar a história dos barões de café, escravagistas e verdadeiros coronéis que tudo podiam e a quem ninguém podia se opor.

Hoje é comum ver quem defenda abertamente o “agronegócio”, que inclusive patrocina blogs e blogueiros entre o povão, para defender seu ponto de vista. De forma lícita, vale dizer.

Mas há uma classe que se julga elite, acima da lei, que uma vez enfronhada na estrutura pública administra de forma a privilegiar nomeação de apaniguados, distribuição de favores, contratos públicos fora das balizas republicanos.

E, como antes, vemos que essa “elite”, de forma moderna - óbvio - se reinventa para seguir no poder e usufruindo dele.

A perenização de promotores de justiça na mesma comarca, gerando capilaridade, por exemplo, é uma delas. Basta observar que a conduta do Ministério Público - nestes casos - é uma quando um grupo está no poder e outra, quando o grupo da “elite” está.

Em Mococa veja-se que hoje há o maior número de servidores comissionados na história da cidade. E o Promotor diz que o prefeito tem feito a melhor administração possível.

Esta capilaridade que gera preferências políticas e pessoais, refletem-se no exercício da estrutura pública do judiciário, levando os críticos do sistema não mais ao tronco, mas aos fóruns; não mais sob o chicote, mas sob processos judiciais.

Pessoas que viveram em berço de ouro, que jamais necessitaram de um transporte público, são as que farão as políticas públicas de transporte. Óbvio: “empreendedorismo” é a desculpa para que contratos com empresários parceiros sejam feitas, sem considerar a necessidade do povo, por todos eles desconhecida.

Pessoas que jamais usaram o serviço público de saúde são eleitas para gerar e executar políticas públicas de saúde. Pessoas que jamais chegaram perto de precisar de saúde pública. Não tem nem noção como é estar no andar de baixo.

Óbvio que o interesse do povo ficará para segundo plano.

Pessoas que empregam trabalhadores em suas fábricas, lojas e indústrias, tornam-se responsáveis por gerar e implementar políticas públicas de melhor emprego.

Sob o ponto de vista de “patrões” vão cuidar de geração de emprego para que o preço da mão da obra (e o salário e as condições de trabalho para quem trabalha) melhore?

Pessoas que não trabalham de fato, que não dependem de um salário para sobreviver ou para suas rendas pessoais, são eleitas para o trabalho de cuidar de uma cidade. Farão o que sempre fazem: nomeiam um número de “assessores” para carregar a liteira.

A equação é simples. A disposição para enfrentá-la, nem tanto.  



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