PSDB reúne diretório nacional amanhã. Outros partidos discutem situação
07/09/2021
O presidente do PSDB, Bruno Araujo, convocou uma reunião da executiva do partido para debater o impeachment do presidente Jair Bolsonaro. O encontro deve ocorrer nesta quarta-feira em Brasília.
Em nota oficial em suas redes sociais, o partido diz que a reunião ocorre “diante das gravíssimas declarações do presidente da República no dia de hoje, para discutir a posição do partido sobre abertura de Impeachment e eventuais medidas legais”.
Fontes do partido disseram à CNN que se fosse colocada em votação hoje, a maioria da executiva não aprovaria um apoio ao impeachment. Mas que a ideia é justamente se posicionar e dar a largada no debate dentro da sigla e com os demais partidos.
O ex-prefeito de São Paulo, ex-ministro e atual presidente do PSD, Gilberto Kassab condicionou o posicionamento da sigla no apoio ao impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aos posicionamentos do próprio. Segundo o político, caso a escalada antidemocrática do mandatário continue, o partido poderá apoiar o impedimento de seu mandato. As informações são da jornalista Míriam Leitão.
Segundo Kassab, é inadmissível a participação do presidente - bem como de seus ministros e assessores - em motociatas e eventos antidemocráticos durante uma pandemia.
O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, articula uma reunião nesta semana com diversas siglas para debater a possibilidade de apoio a um eventual pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro. À Jovem Pan, ele afirmou que o mandatário do país “extrapolou todos os limites aceitáveis” e convocou seus seguidores para um golpe de Estado, ao discursar a apoiadores na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e na Avenida Paulista, em São Paulo, nos atos bolsonaristas deste 7 de setembro. “Como sempre, Bolsonaro achou que estava no cercadinho para fazer as afirmações golpistas que ele costuma fazer. Mas dessa vez foi mais grave: ele fez o que fez para uma multidão, não só para os adestrados. Colocou o nome de ministro do STF, disse o que vai fazer, convocou os seguidores para um golpe. Extrapolou todos os limites aceitáveis”, disse à reportagem da Jovem Pan.
A diretriz do presidente tem ecoado e apoiadores mais entusiasmados falam abertamente em fechar o Supremo e as casas legislativas.
A divisão dos poderes do Estado em uma República Democrática se dá em três esferas. Poder Legislativo, que cuida de fazer as leis, Poder Executivo, que cuida de cumprir as leis e administrar e Poder Judiciário, responsável por dirimir conflitos entre os outros poderes e entre cidadãos. A divisão da república em três poderes é corolário da democracia e busca impedir o abuso do poder, por um sistema de freios e contrapesos.
Em São José do Rio Pardo entusiasata de bolsonaro e ex-candidata a vereadora chegou a postar "Nós somos milhões de pessoas que estão de saco cheio de sermos enganados pelos poderes que regem este país".
A centralização de todos os poderes no presidente da República e fechamento de instituições republicanas, como o STF, implica em ditadura. Uma das mais conhecidas, vista no ocidente, foi na década de 1920, na Alemanha nazista.
Todos sabem como terminou e quanto custou em vidas para diversas nações.
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