SÃO JOSÉ DO RIO PARDO E REGIÃO – ANO 36



Advogados precários?

20/09/2021

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A acusação, por parte de uma advogada, da existência de um sistema jurídico que gera defesa precárias para quem precisa de defensoria pública, precisa ser analisado pela Ordem dos Advogados do Brasil.

No Estado de São Paulo, e São José do Rio Pardo e cidades da região, em todas, a defensoria pública é realizada por advogados inscritos no convênio entre Defensoria Pública e OAB/SP.

A fala da advogada trouxe menoscabo sobre o trabalho dos advogados que prestam defesa pública, e a Ordem dos Advogados foi chamada às falas.

Mas não só isso. Também acusou juízes de retirar medidas protetivas de mulheres sem as ouvir e delegados de, por meio de perguntas que entendeu serem inapropriadas, de certa forma dificultarem a defesa de mulheres em situação de risco e vulnerabilidade.

As seríssimas acusações, lançadas por uma advogada na tribuna da Câmara Municipal de São José do Rio Pardo merecem atenção e resposta.

A Câmara Municipal, os vereadores, precisam se manifestar sobre isso, institucionalmente.

A Ordem dos Advogados, o Tribunal de Justiça e a Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo também foram, seriamente, chamados às falas.

Acreditar que defensoria pública presta serviço precário e que somente advogados “particulares” tem bom serviço jurídico é não só ofender toda uma categoria profissional como inquinar milhares de processos de nulidade, afinal partes pobres acabaram com defesa “precária”.

Dividir a população - e profissionais - entre ricos e pobres e ressaltar uma distância de classe que cada vez menos representa o ideário buscado pela sociedade moderna.

Muitas vezes é exatamente advogados e advogadas recém formadas, que trabalham pela defensoria pública em convênio com a OAB que prestam os mais zelosos serviços jurídicos.

No afã de tornarem-se conhecidos, esmeram-se no estudo e na prática da advocacia, facilitada não só por mais faculdades como pela irreversível informatização do setor, que cada vez depende menos de livros em papel e cada vez mais de bons recursos de informática e acesso a rede mundial de computadores.

O barateamento de computadores e do acesso à internet torna possível a qualquer advogado a possibilidade de acesso aos mais modernos serviços jurídicos, em absolutamente nada devendo a grandes escritórios ou bancas particulares.

Ao falar de direito das mulheres, a advogada acabou ofendendo a centenas de advogadas que prestam um valoroso serviço jurídico por convênio com o estado, buscando sempre se destacar pela presteza e pela seriedade.


Mulheres merecem respeito, mesmo que não sejam ricas e abastadas. Defesa judicial, pública, decente para mulheres nem de longe pode depender uma carteira cheia. Principalmente quando a carteira seja do ex-marido. 

A fala da advogada pode ser assistida na íntegra AQUI, na íntegra da sessão da Câmara Municipal de São José do Rio Pardo de 14/09/2021. A fala da advogada está a partir de 2 horas e 37 minutos do início do vídeo.
 



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