O que é e como funciona o programa Minha Casa, Minha Vida
09/09/2022
Projeto de habitação facilita o acesso à moradia com subsídios e financiamento imobiliário; programa agora se chama Casa Verde e Amarela
Com o objetivo de combater o déficit habitacional do país e proporcionar a realização da compra da casa própria para famílias de baixa renda, foi criado em 2009, pelo então presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva, o programa Minha Casa Minha Vida (MCMV).
Apresentado com orçamento do Ministério das Cidades e gestão da Caixa Econômica Federal, o projeto social para o desenvolvimento de moradias populares e conjuntos habitacionais oferecia subsídio de até R$ 47,5 mil e taxa de juros abaixo do mercado para facilitar a aquisição de imóveis residenciais na cidade ou no campo até um determinado valor.
Para serem atendidas pelo MCMV as famílias selecionadas tinham que preencher alguns requisitos sociais e de renda, além de não possuir um imóvel em seu nome.
Na primeira faixa, a renda familiar era de até R$ 1.800 para a compra de um imóvel de até R$ 96 mil. Para a última faixa do programa a renda familiar máxima foi ampliada e chegou até R$ 9.000 destinada a aquisição de um imóvel de até R$ 300 mil.
Em pouco mais de 10 anos, o Minha Casa Minha entregou cerca de 5,5 milhões de residências em todo o Brasil e recebeu R$ 110 bilhões em investimentos no programa.
Minha Casa Minha Vida virou
Casa Verde e Amarela
Apesar dos avanços significativos nos últimos anos, a questão da moradia ainda é um grande problema social em todos os cantos do país. Por isso, a expectativa em torno da tão desejada chave da casa própria continua sendo um sonho para milhões de brasileiros.
Segundo um estudo da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV), com dados pesquisados em 2017, o Brasil tem um déficit habitacional de pelo menos 7,8 milhões de domicílios.
Mesmo com a implantação de projetos de habitação social em todo o país, ainda há muito trabalho a ser feito. Como faltam milhões de moradias, o maior desafio é encontrar soluções para aumentar o número de famílias atendidas.
Com chegada do presidente Jair Bolsonaro ao comando do governo federal, as políticas habitacionais ganharam novos rumos e o Minha Casa Minha Vida foi substituído pelo programa Casa Verde e Amarela, lançado em agosto de 2020.
O Casa Verde e Amarela mantém o apelo social do MCMV com financiamento imobiliário, reformas de imóveis e regularização fundiária para quem tem renda de até 7 mil. As famílias da área rural com renda anual de até R$ 84 mil também são beneficiadas no programa.
A expectativa do Ministério do Desenvolvimento Regional, que responde pelas ações do Casa Verde e Amarela, é de que pelo menos 1,6 milhão de famílias de baixa renda sejam assistidas pelo programa até o final de 2024.
Como funciona o Casa Verde e Amarela
O programa possui diferentes categorias de renda, com características e condições de subsídio diferenciadas, confira:
Famílias com renda bruta de até R$ 2.000:
Grupo 1: você pode adquirir um imóvel pela Caixa Econômica Federal com taxas de juros a partir de 4,25% ao ano e subsídios até R$ 47.500.
Famílias com renda bruta de até R$ 4.000:
Grupo 2: se sua família se encaixa nessa faixa os subsídios podem chegar até R$ 29.000 de acordo com sua renda e a localização do imóvel.
Famílias com renda bruta de até R$ 7.000:
Grupo 3: para famílias com renda bruta de até R$ 7.000, as taxas de juros são reduzidas na aquisição da casa própria.
Famílias da área rural com renda bruta anual de até R$ 84.000:
Rural: o programa favorece famílias com renda anual de até 84 mil (desconsiderando benefícios temporários indenizatórios, assistenciais e previdenciários).
Veja mais detalhes dos grupos
Quem estiver dentro do Grupo 1 do programa Casa Verde e Amarela pode receber um subsídio de até R$ 47,5 mil com taxa de juros que partem de 4,25% ao ano (para as regiões Nordeste e Norte) e de 4,50% ao ano (para as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste).
Já o Grupo 2 prevê um subsídio máximo de R$ 29.000 e oferece taxa de juros a partir de 4,75% ao ano (N e NE) e de 5% ao ano (S, SE e CO), também com um prazo máximo de financiamento de até 35 anos (420 parcelas).
O Grupo 3 é diferenciado por permitir famílias com rendas mais altas. Não oferece subsídio, mas os juros são diferenciados. A taxa inicial é de 7,66% ao ano para os cotistas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
Rural é destinado a famílias com renda anual de até R$ 48 mil que poderão contar com ajuda extra do programa para o financiamento de imóveis no campo com parcelas adequadas ao orçamento familiar.
Diferenças do Minha Casa Minha Vida e Casa Verde e Amarela
Modalidades de atendimento:
MCMV: única modalidade era voltada para produção habitacional.
Casa Verde e Amarela: atua com diversas modalidades – regularização fundiária, melhoria e reforma e produção habitacional financiada.
Novas taxas de juros de acordo com os grupos:
MCMV: uma única taxa de juros para todo o país, com a variação de acordo com as faixas de renda
Casa Verde e Amarela: taxas de juros variadas, de acordo com a faixa de renda e a localidade do imóvel. Redução das taxas para moradores do Norte e Nordeste, ampliação da abrangência de benefícios nessas localidades e aumento do limite do valor do imóvel financiado.
Contrato em nome da mulher
Assim como ocorria no Minha Casa Minha Vida, o programa Casa Verde e Amarela estabelece que os contratos sejam assinados, preferencialmente, no nome da mulher da família.
No caso de separação ou divórcio, a propriedade do imóvel deve ser transferida à mulher, independentemente do regime de bens, com exceção das operações de financiamento habitacional com recursos do FGTS.
Caso a mulher seja a chefe da família, a assinatura pode ser feita sem a necessidade de consentimento do cônjuge.
Como se inscrever no Casa Verde e Amarela
Podem se inscrever no programa as famílias com renda mensal de até R$ 7.000, podendo contratar de forma individual ou por meio de construtora parceira ou ainda por uma entidade organizadora vinculada a um empreendimento financiado pela Caixa Econômica Federal.
É importante observar os seguintes requisitos para participar do programa:
– Precisa ter acima de 18 anos
– Se encaixar em um dos grupos de renda do programa
– Não ser proprietário de imóvel em seu nome
– Não pode ter participado de nenhum tipo de programa habitacional do governo.
Segundo o engenheiro civil Pedro Giantomassi, o financiamento vem se tornando cada vez mais acessível, apesar de ainda existir certa burocracia.
Hoje vários profissionais e empresas trabalham não só com a construção do imóvel, a tão sonhada casa própria, comom também com acessoria à documentação, em um novo modelo de negócios.
Se antes quem queria financiamento perdia muito tempo com documentação e certidões junto a agentes financeiros como a Caixa Econômica Federal, hoje empresas cuidam de toda a documentação, facilitando a vida de quem quem comprar e construir.
A Construtora Modelo é uma destas empresas. Se você quer mais informações, pode entrar em contato pelos telefones (19) 3684-1798 ou (19) 99248-3668 ou diretamente na empresa, na rua Dr. Costa Machado, número 388, Centro, em São José do Rio Pardo.
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