Lúcia Libânio paga próprio salário, devolve duodécimo, convoca sessão e vai passear

Na manhã desta sexta-feira (20) a presidente da Câmara Municipal de Vereadores de São José do Rio Pardo, Lúcia Libânio, esteve no gabinete e assinou um documento junto ao Prefeito Marcio Zanetti formalizando a devolução de R$ 356.112,33 ao Poder Executivo Municipal.

Segundo a publicação da prefeitura “A devolução é fruto de economias realizadas pela Casa de Leis que ao longo de 2024 buscou a redução de despesas. Além dessa devolução, já foi antecipado um valor de R$ 750 mil, totalizando até o momento R$ 1.106.112,33 devolvidos aos cofres públicos municipais para serem investidos em ações voltadas à população”.

Embora a prefeitura tenha tentado dourar a pílula, a presidente da Câmara deu recibo de falta de capacidade de gestão. A devolução destes valores mostra falta de capacidade em gerar e gerir o orçamento da Câmara, muito inferior a este valor.

E mais. Ela devolveu antes do final do ano, 10 dias antes. Tempo em que sabia que haveria, por exemplo, sessão extraordinária que ela mesma convocou e a qual ela mesma faltou - por ter ido viajar.

Sabia que ia viajar, já havia avisado servidores da Câmara.

Lúcia, gestora, sabia que faltaria e que não sofreria nenhum desconto em seu pagamento. Não há texto de assessoria de imprensa que faça isso parecer bonito.

Enquanto os vereadores compareceram a sessão da Câmara Municipal para trabalhar, Lúcia estava viajando com fotos postadas em redes sociais.

OPINIÃO DO JORNAL:
Na segunda-feira a Câmara Municipal realizou a “provável” última sessão extraordinária desta Legislatura.

Na pauta uma matéria que todos os vereadores dizem defender com unhas e dentes: alterações na lei de subvenções em favor das entidades assistenciais do município. Porém, no plenário vários vereadores ausentes. Dentre os faltantes estavam Henrique Torres, Thaís “Ex-Mandato” Ativista, Pedro Giantomassi, Rubinho Pinheiro e até a presente Lúcia Libânio, justamente quem convocou a sessão.
Os oito vereadores presentes aprovaram o projeto por unanimidade, sem discussão. Na rápida sessão não houve nenhuma crítica a quem faltou. Não é estranho quem diz tanto defender as entidades não estar presente para votar um projeto tão relevante?

Agora resta saber quais serão as justificativas para as faltas e também se haverá desconto nos subsídios de quem faltou. Aliás, outro questionamento, se a presidente Lúcia Libânio já devolveu o dinheiro do duodécimo ao prefeito Márcio Zanetti, significa que as contas anuais já foram fechadas e todos os salários pagos. Teriam os vereadores faltosos que devolver esses recursos aos cofres? Ou ficará por isso mesmo?

Se a lei que impunha desconto de 15% nos subsídios tivesse passado, somente nessa “brincadeira” o município economizaria R$ 3.432,76, que somados aos R$ 1.373,10 das faltas de Pedro Giantomassi e Rubinho Pinheiro na sessão extraordinária de 17/12 chegariam ao montante de R$4.805,86.

Como a lei não passou em razão dos votos contrários de Toco Quessada, Thaís Ex-Mandato Ativista, Rubinho Pinheiro, Gabriel Navega, Fernando Gomes, Mora Ballico, Paulão da Rádio e o vereador Torres, Henrique filho do socialista Silvinho, o desconto total das duas sessões deve ser de R$ 1.066,90. Isso se ocorrer de verdade.

Ou ficaria essa diferença como presente de Natal da Mamãe Noel Lúcia Libânio aos faltosos?
A conferir! 

*Na montagem imagens da sessão realizada e postadas em redes sociais com o passeio da nobilíssima presidente da Câmara Municipal.

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