SÃO JOSÉ DO RIO PARDO E REGIÃO – ANO 36



Audiências Públicas

23/01/2021

Compartilhar



Considerando dois cancelamentos, o que temos é que o primeiro ato deste governo foi dar emprego a uma assessoria que custa, mensalmente, R$ 138.062,44. Em quatro anos teremos algo próximo de pouco mais de R$ 7 milhões de reais.

Sete milhões é bastante dinheiro. Barison foi eleito prometendo reduzir a assessoria e economizar para os cofres públicos. Essa promessa foi, sem dúvida, mola mestra de sua eleição.

Eleito, em pleno aumento dos casos de Covid-19, a primeira preocupação foi a nomeação de uma gorda assessoria. Somente após o esgotamento de vagas em leitos de U.T.I. e a falta de Azitromicina na rede pública, Barison baixou Decreto nomeando Comitê de Enfrentamento e enviou à Câmara Municipal seu primeiro projeto de lei como prefeito que, votado ontem, foi aprovado criando as mais pesadas multas da história, impostas por uma administração, a cidadãos de Mococa.

Barison também foi eleito com a esperança de revogação a Taxa de Iluminação, com várias falas dele na Câmara, então vereador, contra a criação da taxa. Esperava-se que, como primeira medida a ser enviada à Câmara Municipal, fosse exatamente a revogação a taxa de iluminação. Não foi.
A experiência na administração pública parece não ter socorrido o novo governo de Mococa, que vê-se agora obrigado a correr contra a própria incapacidade de gerir uma pandemia que está aí há quase um ano.

O descaso com as medidas de pandemia em Mococa, do qual não podem se isentar os próprios atuais administradores por atos pretéritos, gera agora uma distribuição de responsabilidades que acaba por tornar excessivamente difícil ao cidadão de Mococa reagir à situação.

O fechamento do Comércio, esperado, trará ainda mais prejuízo à população. Enquanto os membros da elite tem recursos financeiros para suportar um Lock Dow, a população trabalhadora e classe mais desfavorecida da cidade dependem de serviços públicos para sobreviver. Com até Azitromicina faltando na rede público, a questão torna-se de calamidade pública.

Quando na oposição, os atuais mandatários do poder em Mococa, Barison em especial, sempre foram defensores de prévia realização e audiências públicas para discutir com as pessoas medidas que impactam a vida da cidade.
Faltou ouvir a sociedade civil organizada. O povo é capaz de compreender a situação e se pautar, contudo não há multa que possa ser imposta a uma camada da população enquanto outra camada mantiver privilégios.

Agora, no momento mais grave da vida da cidade, nenhuma audiência pública. Nenhum debate público. Medidas que são enfiadas goela abaixo dos cidadãos.

Com o funcionamento do comércio prejudicado, sem normas técnicas, com a falta de respeito a regras sanitárias de enfrentamento à pandemia, Mococa segue a insegurança de não ter leitos suficientes para pacientes com Covid-19 em UTI. E a prefeitura parece não conseguir dialogar com as pessoas. Restou usar o peso da lei e criar, sem qualquer audiência pública, as mais pesadas multas da história, já impostas a cidadãos de Mococa.

A falta de capacidade de ouvir a sociedade civil, principalmente através de audiências públicas, acabou por fazer o prefeito mandar a fatura das festas que poucos fazem, para o comércio e para a classe trabalhadora.

Em outras cidades, ainda que o agravamento da pandemia seja uma realidade, a conduta dos gestores vem sendo de convergência com o povo, que tem colaborado.
E sem precisar impor tão pesadas multas a seus próprios cidadãos. 



Comentários


















Leia também:

Religião
Cardeal Dom Orani Tempesta escreve texto inspirado: Domino Gaudete

Fé Calvinista
Reverendo Jonatas Outeiro escreve: Distorção do sentido do natal

Opinião
Paula Winitski escreve essa semana um lindo texto sobre natal: O Natal é Jesus!

Fitness
Educadora física Cristiane Zanetti escreve: Como praticar exercício em casa

Mais notícias…




Jornal Democrata
São José do Rio Pardo e Região
Whats 19 98963-2498
Tel.: 19 3608-5040

Siga-nos nas Redes Sociais

contato@jornaldemocrata.com.br