Explosões em Brasília: O Caso Francisco Wanderley Luiz
18/11/2024
Veja o que se sabe, até agora, sobre o homem e as bombas deflagradas em Brasília
Na quarta-feira, 13 de novembro de 2024, Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, morreu ao detonar explosivos em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. Francisco deixou um recado na casa onde estava hospedado, direcionado a Débora Rodrigues dos Santos, que havia pichado a estátua da Justiça nos ataques de 8 de janeiro de 2023. No espelho, ele escreveu: "Por favor, não desperdice batom! Isso é para deixar as mulheres bonitas! Estátua de merda se usa TNT!"
Débora foi presa em março por vandalismo. Na residência de Francisco, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) encontrou materiais para fabricar bombas caseiras, como tubos de PVC, pilhas com placas acopladas, e um ambiente com forte cheiro de pólvora.
Na madrugada de 14 de novembro, equipes antibomba localizaram explosivos prontos para uso. Publicações nas redes sociais feitas por Francisco horas antes indicavam planejamento de longo prazo, mencionando nomes como José Sarney, Geraldo Alckmin e Fernando Henrique Cardoso. Ele também enviou mensagens de despedida, declarando: "Entrego minha vida para que as crianças cresçam com liberdade."
Câmeras de segurança registraram Francisco circulando pela Câmara dos Deputados antes do ataque, onde entrou às 8h15 e saiu rapidamente. Ele havia alugado um trailer próximo ao STF, onde foram encontrados mais explosivos. Em mensagens de WhatsApp, ele também teria mencionado planos de atacar o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ministro Alexandre de Moraes.
A governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão, afirmou que Francisco apresentava sinais de desequilíbrio emocional. A Polícia Federal investiga o caso como possível atentado contra o Estado Democrático de Direito e ato terrorista.
Francisco morreu no local da explosão, com o corpo preso a outros artefatos e parcialmente desfigurado. Restos mortais foram arremessados a metros de distância. Equipamentos de detecção identificaram quatro possíveis explosivos junto ao corpo, sendo três no cinto e um extintor adaptado a alguns metros. A definição do crime pode determinar a existência de cúmplices e esclarecer se o caso configura ato terrorista.
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