SÃO JOSÉ DO RIO PARDO E REGIÃO – ANO 36



Servidores de Mococa seguem sem vale-alimentação e enfrentam incerteza

11/05/2025

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O impasse envolvendo o pagamento do vale-alimentação dos servidores públicos municipais de Mococa tem se agravado e gerado forte insatisfação entre trabalhadores e entidades representativas da categoria.

O benefício, essencial para a alimentação de centenas de famílias, deveria ter sido depositado em 30 de abril, mas até o momento segue pendente.

A ausência do repasse tem efeitos que vão além do orçamento doméstico: supermercados e estabelecimentos da cidade deixaram de aceitar o cartão alimentação (Facecard), prejudicando ainda mais o poder de compra dos trabalhadores e prejudicando o comércio local.

A especulação é de que a suspensão tenha ocorrido pela ausência de repasses, embora a Prefeitura afirme estar com as obrigações em dia com a empresa fornecedora.

Mesmo diante da gravidade da situação, a gestão do prefeito Eduardo Barison falhou em apresentar uma solução imediata.

O Executivo chegou a prometer a regularização do benefício até o dia 6 de maio — prazo também descumprido.

Somente após pressão sindical, ficou definido que o valor será depositado diretamente na conta salário dos servidores, mas apenas no dia 13 de maio, quase duas semanas depois da data originalmente prevista.

A decisão, tardia e improvisada, evidencia a falta de planejamento da administração municipal. Em cidades vizinhas, como São José do Rio Pardo, o pagamento do salário é feito de forma adiantada!

A pergunta que se impõe é: se a Prefeitura já tinha ciência das dificuldades com o comércio, por que protelar uma solução?

Nas redes sociais da própria Prefeitura, servidores expressam indignação com o atraso. Muitos relatam dificuldades para garantir itens básicos de alimentação. Há casos de funcionários afastados por problemas de saúde que, por conta da forma como será feito o pagamento, devem receber apenas parte do valor.

A revolta é compreensível: trata-se de uma necessidade humana elementar, ainda mais negligenciada por uma gestão pública que aparenta estar alheia à realidade de quem vive com o orçamento contado até o fim do mês.

A situação expõe a distância entre o cotidiano enfrentado pelos trabalhadores da base e as decisões tomadas por gestores que, muitas vezes, vivem numa bolha distante das prateleiras dos supermercados.
A alimentação, que deveria ser um direito assegurado, é tratada como despesa secundária, sujeita a deliberações e adiamentos.

Além dos servidores, o comércio local também sofre os impactos do problema. Supermercados manifestaram preocupação com o risco de calote, relembrando situações semelhantes ocorridas no passado. O sindicato reivindica que a Prefeitura estude formas de compensar os prejuízos sofridos pelos trabalhadores, mas ainda não há garantia de que isso ocorrerá.

Enquanto isso, servidores seguem contando os dias — e acumulando perdas — à espera de um benefício que deveria ser assegurado sem ressalvas. A crise, marcada por falhas de gestão e incompetência administrativa reforça a urgência de uma administração pública mais conectada com as necessidades básicas da população.

Fotos: redes sociais do prefeito 



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