Entrevista com novo Diretor Administrativo da Faculdade Euclides da Cunha
17/04/2025
Essa semana a comunidade acadêmica local foi surpreendida com o pedido de exoneração da anterior diretora administrativa da Faculdade Euclides da Cunha, autarquia municipal que tem enfrentado duros desafios para manter-se operando.
De imediato o pefeito, aquem cabe a escolha do cargo na autarquia, convidou o professor Fabio Moda Magnoni para assumir o cargo, o que foi aceito. Conversamos brevemente com o novo Diretor que, apesar de estar com agend cheia, separou um tempo para atender ao DEMOCRATA.
Segue a entrevista.
DEMOCRATA: Pode nos contar um pouco sobre a sua trajetória, academica e profissional até chegar à direção administrativa da FEUC?
FÁBIO: Bom, sou licenciado em Ciências Biológicas pelo Instituo Federal do Sul de Minas Gerais. Lá no Instituto Federal eu me envolvia com projetos vinculados a ensino, a pesquisa e extensão dentro da perspectiva do governo federal e sempre projetos vinculados à formação de professores, como, por exemplo, o PIBID e o Residência Pedagógica. Quando eu estava quase finalizando a graduação, eu me submeti a um edital do governo que possibilitava a estudantes fazer estágio e parte da graduação também fora do país. Então, passei pelo processo seletivo, fui aprovado e fui estudar na Escola Superior de Educação no Instituto Politécnico de Bragança em Portugal. Na época que eu estudei no Politécnico de Bragança, era considerado um dos melhores de Portugal. E aí lá, eu me envolvi com projetos voltados para a parte de ensino, para a parte de gestão da educação, gestão de projetos e também de educação ambiental. Defendi o mestrado em Educação e Ciências na Universidade Federal de São Carlos. Já trabalhei como professor no Ensino Médio, no Ensino Técnico, vinculado ao SENAC de São Paulo. Dou aulas na FEUC, conheço a realidade da instituição e conheço a realidade de São José do Rio Pardo, minha cidade.
DEMOCRATA: Notamos que o Sr. se dedicou muito à sua formação, ao seu preparo. Sua trajetória tem sido preponderantemente acadêmica, não é?
FABIO: a minha trajetória é mais acadêmica, participando de congressos, trabalhando com resumos, artigos internacionais e essa formação em específico em Portugal.
DEMOCRATA: E como você chegou ao cargo para o qual foi agora nomedo, Diretor Administrativo da FEUC?
FABIO: Como saiu no diário oficial, a ex-diretora administrativa solicitou sua saída e fui convidado, pois o momento demanda um diretor da casa. Como a Alessandra, Diretora Pedagógica já vinha com essa trajetória também, ela já era professora da FEUC e passou a diretora acadêmica, fui convidado, e aceitei o convite feito. Penso que para alinhar com a questão acadêmica, o momento era de ter um diretor administrativo que fosse da FEUC.
DEMOCRATA: O que, nessa sua robusta bagagem acadêmica, o sr. acha que vai mais colaborar à frente da sua gestão administrativa?
FABIO: A bagagem acadêmica inclui o fato de eu ter sido professor aqui. E, estando professor aqui, a gente conhece a realidade local, dos professores, dos servidores.
DEMOCRATA: Quais serão as suas prioridades iniciais à frente da diretoria administrativa?
FABIO: Temos à frente duas prioridades, que são a mudança de prédio, a FEUC saíra do prédio da Fundação Educacional e vai se mudar para o prédio próprio, onde hoje funciona a secretaria de Educação. Eles saem de lá e irão para o prédio da FEUC, é uma troca. Queremos otimizar recursos públicos, gerar eficiência e transparência. Deixaremos de pagar aluguel, e poderemos investir.
DEMOCRATA: Quais os principais desafios que você vê à sua frente agora?
FÁBIO: um já falamos, que é a mudança de prédio, que trará pontos positivos. O outro desafio é incrementar a captação de alunos.
DEMOCRATA: A FEUC vem de um processo dificitário, mensalmente. Como enfrentar um orçamento não fecha?
FABIO: Mudando o que tem que ser mudado para o exemplo servir. Imagine uma casa que o orçamento não fecha? A união das pessoas que moram ali é fundamental. Óbvio que o orçamento, as demandas da FEUC são mais complexas que uma economia familiar, mas a união tem aqui também o efeito positivo. Na FEUC a gente tem buscado se unir, pelo menos do ponto de vista dos professores.
DEMOCRATA: teremos investimentos em tecnologia na FEUC?
FÁBIO: Então, é uma missão trabalhar em cima disso, sim. Mas hoje a prioridade é fazer a mudança, entender como a FEUC vai se estabelecer nesse prédio e, a partir disso, pensar na parte de recursos, por exemplo, para implementar eventuais novos recursos de tecnologia.
DEMOCRATA: Pode adiantar algo que pretende fazer como Diretor Administrativo?
FABIO: Estou tentando alinhar reuniões nas próximas semanas com a Secretaria de Turismo, com a Secretaria de Educação e também com a Secretaria de Saúde para ver como é que a gente pode contribuir com a prefeitura e costurar alguns projetos, criar musculatura para a FEUC apoiando-se na administração direta. Por enquanto, eu só tive diálogo com a Fundação Educacional, que não é da administração direta, e achei muito promissor, o Presidente da Fundação tem visão administrativa e certamente tem muito a acrescentar em experiência e ideias em gestão.
DEMOCRATA: A FEUC tem salvação?
FABIO: Hoje, a FEUC depende exclusivamente da prefeitura na questão orçamentária. A gente entende que, para a FEUC conseguir ser um dia de novo, como ela foi do ponto de vista orçamentário, ela precisa ter aluno. Então, qual vai ser a meta neste momento? A captação de aluno, e a mudança de prédio vem também nesse sentido. O que a gente precisa deixar claro hoje é que a FEUC precisa recuperar a musculatura, recuperar a capacidade competitiva perante o mercado para que, do ponto de vista orçamentário, ela seja justificada. Então, o que eu quero deixar muito claro é que eu não sou um diretor desatento com a importância da regularidade fiscal e do respeito com as contas públicas. Reconheço que, hoje, a FEUC é um grande desafio do ponto de vista orçamentário. Vamos enfrentá-lo com cabeça erguida e com uma equipe unida e coesa.
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