SÃO JOSÉ DO RIO PARDO E REGIÃO – ANO 36



Viaduto: uma escolha de crescimento para São José

11/04/2025

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São José do Rio Pardo se encontra diante de uma das decisões mais relevantes desta geração.

O crescimento de uma cidade, assim como o amadurecimento de uma pessoa, inevitavelmente envolve desconfortos e desafios. Resta-nos, então, a escolha: enfrentar os transtornos próprios do desenvolvimento ou nos resignar à estagnação de uma zona de conforto.

É certo que crescer dói — e escolher, especialmente em meio à pressão de discursos superficiais e reacionários, torna esse processo ainda mais complexo.

Deixando de lado discussões meramente teóricas, é preciso encarar as questões práticas que afetam diretamente a vida da população. Um exemplo claro é o impasse no cruzamento entre a Avenida Belmonte e a Avenida Perimetral: um nó urbano que precisa ser desatado com urgência.

Toda decisão, mesmo a mais acertada, exige renúncias.

Não há solução perfeita que atenda a todos os interesses.

No entanto, o planejamento urbano deve priorizar o bem-estar coletivo.

A construção de um viaduto nesse ponto estratégico permitirá o livre fluxo entre bairros e centro, além de desafogar o trânsito da Perimetral, beneficiando diretamente milhares de cidadãos.

Lamentavelmente, surgem argumentos preconceituosos contrários à proposta, como a suposição de que a obra atrairia pessoas em situação de vulnerabilidade, que utilizariam o espaço sob o viaduto como moradia.

Tal linha de pensamento beira o eugenismo e torna-se ainda mais inaceitável por vir de uma representante do setor de Turismo.

Não cabe à gestão pública “esconder” os pobres para atender à estética de uma elite retrógrada. O que se espera é a oferta de oportunidades, acolhimento e políticas públicas de assistência social para quem precisa — como deve ocorrer em qualquer cidade que almeje crescimento com justiça social.

Esse tipo de visão excludente é exatamente o que manteve São José do Rio Pardo refém do atraso por tantos anos, marcada por práticas políticas ultrapassadas e concentradoras de poder oriundas da vassalagem a um grupo político que exercia o poder atendendo a interesses que permitiram o crescimento de uns poucos, sob a estagnação da economia de toda uma cidade.

Que o viaduto seja, então, não apenas uma obra de infraestrutura, mas um símbolo de progresso. Que possamos enfrentar as inevitáveis dificuldades do crescimento com coragem, empatia e compromisso com o bem comum.

O futuro da cidade não pode estar subordinado ao medo do novo, ao preconceito de uns nem aos caprichos de uma minoria. 



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