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SÃO JOSÉ DO RIO PARDO E REGIÃO – ANO 36 |
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Polêmica vereadora: ceder vagas de jovens, da Frente de Trabalho, para aposentados23/04/2025
![]() São José do Rio Pardo, abril de 2025 — Uma fala da vereadora Lúcia Libânio, proferida na semana passada durante sessão da Câmara Municipal (esta semana a vereadora faltou à sessão), gerou desconforto entre parlamentares e repercussão negativa junto à sociedade civil. A parlamentar defendeu que aposentados fossem incluídos no programa municipal Frente de Trabalho, atualmente voltado para a inserção de jovens no mercado profissional. A proposta da vereadora implica em retirar vagas de jovens que buscam o primeiro emprego e fornecer estas vagas a aposentados. Destacou ainda na sua fala que estes aposentados, por já terem compromissos, não poderão trabalhar 8 horas diárias, como os jovens, já pleiteando melhores condições para os aposentados do que as que são ofertadas para jovens em início de carreira. A proposta da vereadora, embora tenha levantado um debate legítimo sobre a reinserção de idosos no mercado de trabalho, foi criticada por não considerar o objetivo central do programa: oferecer formação, capacitação e oportunidade de primeiro emprego a jovens em situação de vulnerabilidade social e sem fonte de renda. Será que, para gerar oportunidade de reinserção no mercado de trabalho para aposentados é necessário retirar oportunidades de jovens em busca do primeiro emprego, como restou da fala da vereadora? Frente de Trabalho: foco na juventudeO programa integra uma série de iniciativas da atual gestão municipal, liderada pelo prefeito Márcio Zanetti e pelo secretário de Gestão, Paulo Boldrin, com o objetivo de ampliar a geração de empregos, especialmente entre jovens, e fomentar o empreendedorismo local. Entre essas iniciativas, destaca-se também a Casa do Empreendedor, um centro de atendimento que reúne serviços como PAT, Sebrae e Banco do Povo, além de ofertar cursos regulares. Ao defender que aposentados passem a ocupar vagas no programa, a vereadora foi vista por colegas de plenário e por membros da comunidade como desalinhada com os princípios que norteiam a política de empregabilidade da gestão atual. A crítica central é que, embora aposentados possam enfrentar dificuldades financeiras, retirar vagas de jovens em início de carreira – grupo historicamente mais afetado pelo desemprego – comprometeria o propósito original da política pública. Repercussão e críticasParlamentares manifestaram desconforto com a proposta, e setores da sociedade civil também reagiram negativamente. "Não faz sentido substituir jovens que buscam o primeiro emprego por aposentados que já contam com uma fonte de renda fixa, essa eu não entendi", comentou um dos vereadores com a reportagem. Para especialistas, a inclusão de aposentados em programas específicos de recolocação pode e deve ser discutida, mas não às custas da política de inserção juvenil. “O correto seria criar um programa próprio para a terceira idade, respeitando as características e necessidades desse grupo, sem comprometer os avanços já obtidos na capacitação e empregabilidade de jovens”, afirmou outro vereador, ouvido pela reportagem. Debate importante, mas exige cautela No momento em que São José do Rio Pardo avança em iniciativas para dinamizar sua economia local e qualificar sua juventude, propostas como a defendida pela vereadora Lúcia Libânio acendem o alerta sobre a importância de preservar o foco e o público-alvo de políticas públicas específicas. Sobre isso, ainda, o editorial DISSONANTE A TODO TEMPO deste jorna. Comentários |
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