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Dissonante a todo tempo

23/04/2025

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A atuação da vereadora Lúcia Libânio evidencia a distância entre a política de grupo e a verdadeira função pública

Nesta semana, a atuação da vereadora Lúcia Libânio voltou a levantar questionamentos sobre sua compreensão da função pública e sua visão da política como instrumento para o bem coletivo.

Conhecida por polêmicas como a aquisição de uma cadeira gamer com recursos públicos para seu uso pessoal na Câmara Municipal, a vereadora novamente direciona ações a um grupo específico, ignorando o interesse da coletividade.

O exemplo mais recente foi a destinação de mais de R$ 10 mil para uma mesa de jogos voltada a um grupo restrito de servidores do pátio municipal. Um uso do dinheiro público que beneficia poucos, em detrimento de muitos.

Esse comportamento contrasta com iniciativas como a Casa do Empreendedor, promovida pelo prefeito Márcio Zanetti e pelo secretário Paulo Boldrin, voltada ao fomento do empreendedorismo e geração de empregos.

A ação foi homenageada pela Câmara Municipal nesta mesma semana.

Entre os destaques do programa está a Frente de Trabalho, que oferece primeiro emprego a jovens, com capacitação e treinamento — ampliando suas chances de inserção no mercado. Trata-se de uma política pública bem estruturada, voltada a um dos grupos mais vulneráveis.

No entanto, a vereadora propôs a inclusão de aposentados no lugar de jovens no programa — o que implicaria retirada de vagas dos beneficiários originais. A proposta não previa uma nova frente para aposentados, mas sim a substituição parcial do público-alvo.

É legítimo que aposentados desejem continuar ativos, mas a questão é: isso deve ocorrer às custas dos jovens que buscam seu primeiro trabalho?

Pensar políticas públicas exige visão ampla e prioridade às demandas estruturais.

Legislar não é agradar grupos específicos, mas planejar o futuro da cidade.

O que se espera de representantes eleitos é compromisso com o bem coletivo. Criar um programa específico para aposentados é um pleito possível — desde que não prejudique políticas já existentes e eficazes.

A proposta da vereadora reflete uma visão política anacrônica e desalinhada com os desafios atuais da gestão pública. Mais que ações pontuais, revela uma lógica imediatista e eleitoreira, em vez de compromisso com o desenvolvimento social.

Reafirma-se: o bem público não pode servir a poucos, nem o dinheiro público ser tratado como extensão de interesses privados.

Se há demandas entre aposentados, que sejam debatidas e atendidas — sem excluir jovens, que representam o presente e o futuro da cidade.

Pensar a coisa pública é mais do que legislar para os de sempre. É agir com responsabilidade, visão e justiça social. 

A matéria pode ser lida clicando-se AQUI.



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