Capela São Miguel Arcanjo é restaurada e reabre com Missa
14/05/2025
A Capela São Miguel Arcanjo, situada no Cemitério Municipal de São José do Rio Pardo, foi reaberta neste domingo, 11 de maio, com a tradicional Missa das Mães Falecidas, celebrada às 6h30. A cerimônia marca não apenas uma homenagem comovente no Dia das Mães, mas também a entrega das obras de restauração realizadas pela Prefeitura, por meio da Companhia Municipal de Desenvolvimento (COMDERP) - leia-se Felipe Quessada.
As intervenções devolveram dignidade a um dos espaços religiosos mais antigos da cidade, cuja construção teve início em 1908, após mobilização popular. O projeto original, encomendado ainda em 1896 ao arquiteto italiano Achiles, só saiu do papel com o esforço conjunto da comunidade, sendo executado pelo construtor Felicio Maria Calvite. Os materiais utilizados na época – cal e areia para o assentamento de tijolos – são testemunhos da simplicidade e da fé da população daquela época.
Com dimensões modestas e arquitetura eclética de influência renascentista, a capela preserva vitrais coloridos, decoração floral e formas rendadas em suas paredes. Um dos destaques é o frontispício com elementos simbólicos religiosos, como o cálice ladeado por asas, além do altar de madeira e do portal em ferro retorcido, elementos que reforçam seu valor artístico e histórico. Desde 2008, o edifício é tombado como patrimônio do município.
A restauração contemplou ainda outro símbolo religioso importante: o cruzeiro. Local de orações e homenagens no cemitério, ele estava com peças danificadas há anos. Agora, recebeu novos instrumentos, pintura em tom amadeirado e voltou a cumprir seu papel como ponto de fé e lembrança.
A entrega das obras no Dia das Mães acrescenta ainda mais significado à celebração. A Missa das Mães Falecidas, tradição no calendário religioso da cidade, será o primeiro evento após a revitalização do espaço, devolvendo à população um local de memória, fé e respeito aos que já partiram.
A reabertura da capela reafirma a importância da preservação do patrimônio cultural e religioso da cidade, unindo história, espiritualidade e cuidado com a memória coletiva da população rio-pardense.
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