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Queijo Gorgonzola deve mudar de nome no Brasil após acordo internacional

16/05/2025

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Um dos queijos mais populares nas tábuas de frios brasileiras, o gorgonzola, deverá em breve desaparecer dos rótulos nacionais tal como é conhecido atualmente. A mudança decorre do tratado de livre-comércio entre Mercosul e União Europeia, assinado em dezembro de 2024, que prevê a proteção recíproca de indicações geográficas (IGs) entre os blocos econômicos.
 
O acordo inclui cláusulas que restringem o uso de nomes tradicionalmente ligados a regiões específicas da Europa. Nesse contexto, “Gorgonzola” passa a ser uma denominação de origem protegida (DOP), exclusiva dos produtores situados nas províncias do norte da Itália autorizadas pela legislação europeia.
 
Proibição vai além do nome
De acordo com as novas regras, nem mesmo expressões como “tipo gorgonzola”, “estilo gorgonzola” ou “sabor gorgonzola” poderão ser utilizadas por fabricantes de outros países, incluindo o Brasil. Empresas nacionais que já comercializavam produtos com esse nome antes das datas-limite estabelecidas pelo tratado poderão solicitar exceção, mediante comprovação ao Ministério da Agricultura. Uma lista preliminar com empresas potencialmente habilitadas foi divulgada em consulta pública no primeiro trimestre de 2025.
Além da necessidade de revisão da identidade visual, os produtores brasileiros deverão adotar novas denominações comerciais para seus queijos azuis. A expectativa é que surjam marcas inspiradas em localidades nacionais ou expressões genéricas, como já ocorreu com o espumante brasileiro, após a proteção internacional do termo “Champagne”.
 
Sistema de proteção bilateral
A medida faz parte de um esforço mais amplo de reconhecimento mútuo de IGs: o acordo garante proteção a 358 produtos europeus — entre eles Parmesão, Presunto de Parma e Champanhe — e estende salvaguardas a 222 produtos do Hemisfério Sul, como o salame de Tandil, na Argentina. Trata-se de um sistema jurídico que busca preservar o vínculo entre produto, território e saber-fazer tradicional.
 
Transição e fiscalização
Embora o tratado ainda dependa de ratificação pelos parlamentos dos países-membros do Mercosul e da União Europeia, especialistas já orientam consumidores a ficarem atentos aos rótulos durante o período de transição. É possível que embalagens provisórias circulem nas prateleiras até que as novas normas entrem em vigor formalmente.

A alteração, além de refletir exigências do comércio internacional, aponta para uma tendência global de valorização da origem geográfica como ativo competitivo. Para os apreciadores de queijos, o desafio será adaptar o vocabulário e o paladar às novidades que em breve ocuparão espaço nas gôndolas. 



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