Pamela Zanardo escreve sobre a Hipertensão arterial na gestão

A hipertensão arterial conhecida popularmente como pressão alta, é caracterizada pelo aumento da pressão sanguínea no interior das artérias com valores acima do normal, 140/90 mHg. Essa elevação pode propiciar danos no nosso organismo, como no cérebro, coração, rins, olhos.

Para a gestante ser diagnosticada com hipertensão gestacional a pressão precisa estar acima ou igual a 140/90mHg no intervalo de 4 horas, em mulheres normotensas, essa condição pode ser passageira, porém se houver comprometimentos clínicos e/ou proteinuria ( perda de proteina na urina) após a vigesima semana gestacional, a gestante é diagnosticada com pré-eclâmpsia.

A eclampsia é uma condição mais grave, designada com presença de convulsões ou coma da gestante com pré-eclampsia, podendo aparecer antes, durante ou início do parto

Quais os fatores de risco para pré-eclâmpsia?

1. Antecedentes de pré-eclâmpsia

2. Hipertensão arterial

3. Obesidade

4. Diabetes

5. Doenças renais e autoimune

6. Gestação múltipla

7. Idade maior ou igual a 35 anos

É de suma importância o acompanhamento médico, com obstetra durante todo o pré-Natal, para prevenção de quaisquer doenças, e se houver o diagnóstico realizar o tratamento imediato a fim de controlar e evitar o agravamento das complicações, para impedir a mortalidade materna e fetal.

Além da parte médica, o acompanhamento nutricional com um profissional nutricionista, irá realizar o planejamento alimentar individual durante o período gestacional, com uma alimentação saudável e equilibrada a fim de auxiliar no controle da hipertensão arterial e pré-eclâmpsia, já que é uma condição de alto risco de mortalidade materno-infantil.

Importante aferir diariamente a pressão arterial, manutenção do peso ideal, apenas administrar as medicações prescritas pelo médico seguindo os horários estipulados, e se alimentar de acordo com a orientação do nutricionista, com os alimentos e quantidades sugeridas pelo mesmo.

Quais alimentos evitar?

• Sal em excesso nas preparações;
• Não adicionar mais sal após a comida pronta;
• Não deixar o saleiro na mesa;
• Bacon, carne seca, costela;
• Embutidos como salame, mortadela, presunto, peito de Peru, salsicha, linguiça;
• Sopas, molhos e temperos prontos;
• Enlatados e em conserva;
• Queijos salgados;
• Alimentos gordurosos, frituras;
• Salgadinhos, refrigerantes;
• Bebidas alcoólicas;
• Evitar refeições congeladas industrializadas;
• Hambúrguer, nuggets;
• Consumir em excesso café, chá preto, chá mate, refrigerantes a base de cola, por serem estimulantes;

Quais alimentos preferir?

• Preferir alimentos integrais;
• Alimentos cozidos, assados ou grelhados;
• Beber bastante água;
• Frutas;
• Verduras e legumes;
• Carnes magras;
• Temperos naturais como alho, cebola, manjericão, coentro, salsinha, cebolinha, orégano, tomilho, alecrim, limão;
• Leite e derivados desnatados;
• Queijos tipo contagem, ricota, branco;
• Semente de linhaça e chia que são ricas em ômega 3;
• Peixes magros, frango sem pele, ovos;
• Azeite;
• Preferir sucos naturais;
• Caso opte por margarina ou manteiga, prefira sem sal;

Cozinhar o próprio alimento para garantir o controle da pressão arterial;

Ler os rótulos dos alimentos pra verificar o que realmente está comprando e consequentemente ingerindo.

Pamela Bueno Zanardo é nutricionista (CRN3-35316) pela Universidade Nove de Julho/SP. Tem formação executiva em controle de qualidade dos alimentos e produção pela Universidade Nove de Julho, sendo especialista em nutrição clínica: metabolismo, prática e terapia nutricional pela Universidade Gama Filho/RJ. É Nutricionista Clínica no Hospital Santa Helena, Santo André-SP. Email: pamelazanardo@hotmail.com 

Publicado na edição 1863 de 8 de março de 2025

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